Diante da indefinição do cenário eleitoral paranaense, o Podemos, partido do senador Alvaro Dias, pré-candidato à reeleição, adiou para o dia 5 de agosto, o último do período permitido pela Justiça Eleitoral, a data de sua convenção, inicialmente prevista para o próximo domingo (31). Já o ex-juiz federal Sergio Moro (União) afirmou que cogita, agora, uma candidatura avulsa, enquanto ainda mantém conversas com o PSD de Carlos Massa Ratinho Junior.
CADASTRE-SE e receba notícias do Paraná pelo WhatsApp
O quadro no Paraná se afunilou por conta do pequeno número de pré-candidatos ao Governo do Estado. Com a desistência de Cesar Silvestri (PSDB), que também disputará o Senado, há pelo menos quatro pré-candidatos ao Senado orbitando a candidatura do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e nenhuma outra chapa de centro-direita com candidato ao governo se apresentando.
“Em razão de indefinições na conjuntura política e a necessidade de mais tempo para ajustes e eventuais alianças e coligações, precisamos alterar a data da nossa convenção. Portanto, nossa convenção será realizada no dia 05/08 (Sexta-feira), das 18:00 às 21:30, na sede do partido, em Curitiba”, diz mensagem encaminhada pelo presidente estadual do Podemos, Gustavo Castro.
Alvaro Dias vinha articulando, por Brasília, participação na chapa do governador Ratinho Junior e do presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentando-se como o nome com maior potencial para derrotar Sergio Moro, desafeto de Bolsonaro. O próprio presidente, no entanto, esfriou os planos de Alvaro ao reafirmar, em reunião com Ratinho Junior, na última semana, sua indicação do deputado federal Paulo Martins (PL) como candidato ao Senado.
Diante desse impasse e com o Podemos com pouca estrutura partidária, financeira e de tempo de tevê, Alvaro busca uma alternativa para não ficar isolado. No final de semana, cogitou-se, até, que ele poderia disputar o Governo do Estado, informação que foi tratada como boato por sua assessoria.
Do outro lado, apesar da boa relação do União Brasil com o governo Ratinho Junior, Moro estava mais perto de uma aliança com Silvestri, repetindo no Paraná a coligação do União com o PSDB já formalizada em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Sem a candidatura tucana ao governo, o ex-juiz voltou a cogitar a aliança com o governador, mesmo com o obstáculo do palanque presidencial. “Nossas conversas são no âmbito do estado, com o governador, mesmo porque, nacionalmente, nós temos pré-candidato à Presidência, que é o Luciano Bivar”, disse Moro, na tarde desta segunda-feira, em visita à Assembleia Legislativa do Paraná.
O ex-ministro de Bolsonaro afirmou, no entanto, que não vê prejuízo à sua candidatura se tiver que disputar de forma avulsa. “A candidatura pode sim ser independente. Isso ainda está sendo decidido pelo partido, na nossa convenção, dia 2. O importante é a gente discutir projetos, se o que propomos para o Paraná for semelhante ao que o governador propõe, podemos caminhar juntos, independente de conveniência partidária”.
Na Assembleia Legislativa, onde Moro esteve para receber o título de cidadão benemérito do estado, deputados da base de Ratinho Junior apostaram que o governador vai permitir diversas candidaturas ao Senado dentro da coligação que o apoiará para o governo, abrindo espaço para Moro, Paulo Martins e Guto Silva (PP). O governador não declararia preferência por nenhum dos candidatos, mas todos os partidos teriam espaço na equipe de um futuro segundo mandato de Ratinho Junior.
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná