Alvaro Dias discursa na convenção do Podemos| Foto: Ivan Bueno / Podemos
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Sem citar nomes, o senador Alvaro Dias (Podemos) fez durante a convenção estadual do Podemos, que oficializou sua candidatura à reeleição, diversas referências a situações vividas com o ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil), adversário de Dias na eleição de outubro. Alvaro também explicou a recém-fechada aliança com o PSDB e negou que tenha tirado Cesar Silvestri Filho (PSDB) da disputa pelo Senado no tapetão.

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Em seu discurso, Alvaro fez questão de homenagear seu padrinho político, João Olivir Gabardo, destacando a necessidade de se ter gratidão na vida pública. O senador contou que foi convidado a trocar seu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro e para o Distrito Federal para ser candidato a governador, mas disse que “não abandonaria o Paraná”. Alvaro ainda agradeceu aos candidatos a deputado estadual e federal pelo Podemos por terem permanecido no partido e “não ido atrás de fundo eleitoral”.

As três declarações, têm ligação com a relação do senador com Sergio Moro, uma vez que foi Alvaro Dias quem convidou Moro para ingressar na política, abrindo as portas do Podemos do Paraná para o ex-juiz, mas acabou vendo o ex-ministro da Justiça trocar o Podemos pelo União Brasil atrás de melhor estrutura partidária, tentar mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo e tornar-se adversário na eleição de outubro.

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Em entrevista ao final da convenção, o senador disse que não quis atacar Moro. “Não tem nada a ver. Esse é o meu pensamento, é o que eu defendo na política. Eu respeito todos os meus concorrentes, e são vários. Apenas fiz uma narrativa daquilo que acho ser o correto na política. E contei uma história, para os mais jovens que podem não conhecer minha trajetória. Achei fundamental, em razão do momento que a gente vive na política brasileira e, sem mencionar ninguém, contar um pouco dessas passagens que eu vivi”, disse.

Alvaro Dias também explicou a construção do apoio da federação PSDB/Cidadania a sua candidatura, afirmando que foi uma construção nacional (o podemos aderiu, nesta sexta-feira, à candidatura de Simone Tebet – MDB -, apoiada pelo PSDB, à presidência da República) e disse que não tem poder para tirar Cesar Silvestri Filho da disputa no tapetão, como mencionou o ex-prefeito de Guarapuava. “Eu? Quem sou eu para tirar alguém no tapetão. Acabei de explicar como foi a decisão nacional, com uma conversa com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que entendeu a importância de ter a nossa experiência no Senado no período turbulento que o Brasil passará após esta eleição. Tudo às claras, sem barganha. Você sabe que eu respeito todo mundo, não vou retribuir esse elogio, já que ele me acha tão poderoso assim. Prefiro ficar com a minha humildade de respeitando a todos”, disse.