Depois de cinco meses filiado ao Podemos, Moro deixou a sigla para se filiar ao União Brasil| Foto: Robert.Alves/Podemos
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O senador Alvaro Dias (Podemos), um dos principais articuladores da filiação de Sergio Moro no partido, afirmou que se o ex-juiz federal viabilizar sua candidatura à presidência da República pelo União Brasil terá o apoio do Podemos. Disse, porém, não acreditar na candidatura do ex-aliado. Para Alvaro, o ex-ministro da Justiça “caiu em uma arapuca”. Ele migrou para a nova sigla dia 31 de março.

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Alvaro Dias participou, nesta segunda-feira (11), em Curitiba, do evento “Estrela ADVB”, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil no Paraná. Na entrevista coletiva antes do início da atividade, o senador lamentou a saída de Sergio Moro do Podemos, mas disse ser do jogo político. “Ele buscou uma estrutura maior para o enfrentamento, procurando competitividade para sua candidatura. É do jogo, por conta do nosso modelo político ultrapassado, o jogo duro da empreitada eleitoral que é pautada pelo fundão partidário”. Após a palestra, no entanto, ao ser questionado se apoiaria seu ex-correligionário, disse duvidar da candidatura. “Se ele sair candidato, obviamente que vamos apoiá-lo, mas, como eu não acredito em Papai Noel, sei que ele entrou em uma arapuca e que não será candidato. Isso é fato liquidado”, declarou.

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Sem Moro, Alvaro Dias disse que o Podemos aguardará até julho, mês das convenções, para definir que posição tomará nas eleições presidenciais. Descartou, no entanto, participar das discussões com União Brasil, PSDB e MDB, entre outros, pela construção de uma candidatura única da dita “terceira via”. “Nós não vamos participar dessas articulações de ‘terceira via’. É uma lambança, depois outra lambança, depois uma desistência, depois a desistência da desistência. Nós não vamos participar disso”, disse.

“Vamos ficar monitorando a movimentação. E, depois do resultado dessa discussão do centro democrático, nós vamos agir. Temos a opção de aguardar até o mês de julho para definir uma candidatura própria, mas, hoje, não estamos autorizados a dizer que caminho seguir, temos que esperar a poeira assentar e, analisando os movimentos políticos do país para tomar uma posição”, concluiu.