A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios no Senado gerou um fato raro na bancada paranaense: um voto divergente. Pertencentes ao mesmo partido, o Podemos e votando quase sempre juntos no plenário, Alvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães não fecharam questão desta vez e, enquanto Dias e Oriovisto seguiram a maioria da bancada do Podemos, votando contra a proposta, Flávio Arns votou a favor.
O projeto foi aprovado com 64 votos favoráveis e 13 contrários, dos quais, seis foram do Podemos. A liderança do partido, no entanto, liberou a bancada na votação. Além de Arns, Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, também votou a favor da proposta.
“Minha atuação na PEC 23/2021 foi no sentido de aprovar o aumento dos benefícios sociais sem, no entanto, permitir que houvesse calote dos precatórios, pois, na primeira parte da votação, votei sim ao texto-base sem a regra do subteto (que conduz ao calote dos precatórios), ao passo que, na segunda parte, votei contra a regra do calote”, afirmou Arns.
A PEC dos Precatórios, como ficou conhecida, abre no Orçamento da União de 2022 um espaço fiscal estimado em R$ 106 bilhões para bancar R$ 400 mensais aos beneficiários do Auxílio Brasil — programa de transferência de renda sucessor do Bolsa Famíla — por meio da mudança da fórmula de cálculo do teto de gastos imposto e da criação de um subteto para o pagamento de precatórios, as dívidas da União e dos entes federativos oriundas de sentenças judiciais definitivas.
Alvaro Dias afirmou que o Podemos defende a implantação do programa Auxílio Brasil, mas votou contra a PEC por discordar do furo do teto de gastos. “Com o meu voto contrário e de outros do Podemos, foi aprovada em primeiro turno a PEC dos Precatórios. Os senadores do Podemos não concordam com alguns pontos do projeto, como o furo no teto de gastos e reafirmaram sua posição a favor da implantação do programa Auxílio Brasil”.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Lula não passa presidência para Alckmin e ministros assumem tratativas no Congresso; assista ao Entrelinhas
São Paulo aprova isenção de IPVA para carros híbridos; elétricos ficam de fora
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná