João Arruda é candidato do MDB à prefeitura de Curitiba.| Foto: Reprodução/ campanha
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João Arruda disputou as eleições de 2018 para o Governo do Estado e passou a campanha lamentando ter entrado muito tarde na campanha, tendo a candidatura definida no último dia do período de convenções partidárias, enquanto Ratinho Junior (o vencedor daquela eleição) e a própria ex-governadora Cida Borghetti já estavam construindo suas candidaturas por um longo período de tempo. Nas eleições deste ano, a situação se repetiu. Diante da indefinição do MDB sobre coligação ou candidatura própria, e sobre quem seria esse candidato, Arruda foi lançado de última hora para a disputa da Prefeitura de Curitiba. Nas duas ocasiões, o MDB ficou refém de desistências do PDT, com Osmar Dias, em 2018, e com Gustavo Fruet, em 2020. Para o candidato, no entanto, não houve erro de estratégia do partido.

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"Não existe erro de estratégia, tudo programado, tínhamos um programa de governo elaborado por mais de 300 especialistas. Mas o MDB passa por um processo de reestruturação em todo o estado. Estamos recuperando o partido, o MDB em Curitiba está renascendo. Temos que construir com muito diálogo, com todos os partidos de oposição. Eu não tenho culpa que outros candidatos desistem na véspera da eleição, seja qual forem os motivos. Eu faço o contrário, na falta de alternativa, quando vejo gente se acovardando, eu entro no jogo”, afirmou.

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Para o candidato, o maior problema desta eleição para prefeito foi a intervenção do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) “O governador virou especialista em tirar candidatos na véspera da eleição para vencer a eleição. Foi o que ele fez em 2018, com o Osmar Dias, para ele se eleger, e, agora com o Ney Leprevost, abrindo caminho para o Rafael Greca. Com isso, outros que se acovardaram também saíram do jogo, outros foram comprados e acabou. Daí tiveram que surgir candidatos de última hora. Foi o meu caso, foi o do Goura (PDT). Só o Francischini (PSL) que já trabalhava para ser candidato”, disse. “Eles querem definir o que vai acontecer no Paraná para os próximos 10, 20 anos. Dentro de uma sala eles querem decidir quem vai ser prefeito, quem vai ser governador, quem vai ser senador, quem serão seus deputados”.

Arruda espera que, se não for suficiente para vencer Rafael Greca nesta eleição, a união de adversários, marcada pelos debates em praça pública que conseguiram organizar, sirva para a construção de uma frente de oposição ao grupo político do governador e do prefeito. “Do palco na praça tem que sair uma frente política para enfrentar esse grupo. Desta campanha em Curitiba sai um forte grupo de oposição, mas a gente precisa ser mais inteligente, conversar mais, construir candidaturas fortes”, concluiu.