A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, nesta segunda-feira (2), seis projetos de lei que criam, ao todo, 542 cargos comissionados nas estruturas do Tribunal de Justiça, do Ministério Público do Estado e da própria Assembleia. O impacto financeiro anual dos novos cargos chega a R$ 100 milhões.
RECEBA NOTÍCIAS DE CURITIBA NO WHATSAPP
Foram aprovados, em primeira e em segunda discussão (houve sessão extraordinária para essa segunda votação), o projeto que cria 121 cargos na Assembleia Legislativa, com impacto financeiro de R$ 30 milhões; dois projetos que criam, ao todo, 261 cargos no Ministério Público, com impacto de R$ 30 milhões; e três projetos criando 160 cargos no Tribunal de Justiça, gerando impacto financeiro de R$ 40 milhões.
Durante as duas sessões plenárias, nenhum deputado defendeu, na tribuna da Casa, a aprovação dos projetos. A liderança da oposição encaminhou voto contrário, enquanto a liderança do governo liberou a bancada para votar conforme a convicção de cada deputado. Só houve manifestações contrárias aos projetos. Ricardo Arruda (PL) questionou por que a Assembleia estaria criando novos cargos ao final da legislatura. “Passamos três anos e meio funcionando muito bem com o número de funcionários que temos e, agora, ao final dos mandatos, vamos criar novos cargos? Fica difícil explicar para a sociedade”, disse.
Homero Marchese (Republicanos) chamou a votação do pacote de “trem da alegria” e disse que as proposições eram inconstitucionais. “É um trem da alegria para compensar o desgaste que os deputados terão ao votar projetos do TJ e MP. Se não há necessidade e estamos criando os cargos só por criar, o projeto é inconstitucional, pois fere o princípio da moralidade e da eficiência administrativa, previstos na Constituição”, disse, em relação à criação de cargos na Assembleia. “O Ministério Público não deve se valer de informações que ele tem para governar o estado. O que prevalece aqui é o compadrio de poderes. Eles perceberam que é muito melhor se reunir em uma mesa e negociar criação de cargos e benefícios, do que um poder investigar e julgar as irregularidades do outro”, declarou sobre os demais projetos.
Para garantir a aprovação, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSD), deixou temporariamente a presidência com Tercílio Turini (PSD) para descer ao plenário para votar e encaminhar o voto favorável aos projetos. O primeiro secretário da Casa, Luiz Cláudio Romanelli (PSD) também fez uma orientação, em nome da Mesa Executiva, pelo voto a favor, quebrando o protocolo da Assembleia.
Os projetos que passaram com margem mais apertada foram os que contemplavam o Ministério Público, aprovados com 29 votos favoráveis e 17 contrários. O projeto que cria cargos na Assembleia recebeu 31 votos a favor e 15 contrários, enquanto os do TJ foram aprovados por 32 a 14.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião