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A semana da audiência pública da Agência Nacional de Transporte Terrestre sobre o novo modelo de pedágio para as concessões rodoviárias no Paraná teve como fato principal o anúncio do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, de que 100% do que for arrecadado com outorga no próximo leilão será reinvestido nos próprios trechos concedidos. O avanço, muito comemorado pela bancada federal paranaense, é considerado insuficiente pelos deputados estaduais
Vice-coordenador da Frente Parlamentar dos Pedágios da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Evandro Araújo (PSC) fez uma avaliação bastante crítica do resultado da audiência pública da (ANTT), a única considerada oficial do projeto, realizada quarta-feira (24) e quinta-feira (25). Para ele, mesmo na audiência conduzida pelo governo federal, ficou claro o desejo dos paranaenses por um modelo diferente do que foi apresentado. "Das 116 pessoas inscritas na audiência da ANTT, foi quase unânime a posição do Paraná pela menor tarifa, sem outorga, contra o degrau tarifário de 40% depois das duplicações e contra a instalação das novas praças", disse. "A posição dos paranaenses foi clara e em sintonia. Se isso não servir para mudar o projeto, a audiência da ANTT foi um grande faz de conta", acrescentou.
Enquanto a ANTT promovia sua audiência de forma virtual, a Frente Parlamentar do Pedágio realizou, na última semana, audiência presencial em Apucarana, a quinta promovida pelos deputados no interior do estado. “O que se viu nas audiências da frente foi o coro que vem ganhando todas as regiões do estado: contra o modelo híbrido apresentado pelo Ministério de Infraestrutura e a favor de uma licitação pelo menor preço da tarifa, com garantia de obras e ampla concorrência”, resumiu o deputado. “A possibilidade de uma nova praça de pedágio, prevista entre Apucarana e Califórnia, foi duramente criticada por diversos participantes. Ao todo, a proposta pretende criar 15 novas praças no estado, além das atuais 27”, contou.