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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) recebeu, na última semana, ofício da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) solicitando explicações sobre movimentações atípicas nas ações da companhia entre os dias 31 de agosto e 06 de setembro. Segundo a B3, foram identificadas oscilações atípicas “com os valores mobiliários de emissão dessa empresa, o número de negócios e a quantidade negociada” e, por isso, foi questionado à Copel se havia algum fato de conhecimento da companhia que pudesse justificá-las.
Depois de movimentar, em média, R$ 50 milhões por dia nos sete dias anteriores, as ações da Copel movimentaram R$ 304 milhões em 31 de agosto e registraram alta de 4,1% em seu valor de face. A alta se manteve em 1º de setembro (3,8%) e, até 03 de setembro a média negociada superou os R$ 200 milhões. No dia 6, segunda-feira, véspera do feriado de 7 de setembro, as ações da Copel tiveram alta de 6,33%, com R$ 98 milhões negociados.
Em resposta à B3, a Copel informou não haver nenhum fato relevante que justificasse a oscilação, mas afirmou que “o volume médio de negócios das ações preferenciais classe B de emissão da Companhia vem sofrendo oscilações relevantes nos meses recentes e que foram intensificadas nos últimos dias”. A Copel citou que desconhece qualquer ato ou fato relevante que fundamente essas oscilações e, afirmou que, na sua visão, este movimento “pode estar relacionado com os impactos conjuntos: da divulgação, em 02 de setembro de 2021, da nova composição da carteira teórica do índice Bovespa (Ibovespa), que aumentou o peso das ações de emissão da Companhia no referido índice; do rebalanceamento da carteira do índice MSCI no final de agosto com potencial impacto sobre as ações da Copel; e da criação de uma nova bandeira tarifária, anunciada no dia 31 de agosto de 2021, pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, com o objetivo de gerar arrecadação extra para custear os efeitos da escassez hídrica”.