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A agenda política do fim de semana paranaense foi marcada pela visita do presidenciável tucano Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul). Em evento para filiados do PSDB, as principais lideranças do partido no estado se fizeram presentes, como o presidente estadual da sigla, Paulo Litro; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; e o deputado estadual Michele Caputo. Mas a participação que mais chamou a atenção no encontro foi a do ex-governador Beto Richa, afastado da agenda pública desde as eleições de 2018, quando não conquistou uma cadeira no Senado, após ver suas intenções de voto ruírem com uma prisão no meio da campanha eleitoral.
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Richa, que é réu na Operação Integração, desdobramento da Operação Lava Jato que apura irregularidades nos contratos com as concessionárias de pedágio no Paraná, e na Operação Rádio Patrulha, que apura fraude em licitação e desvio de recursos nas contratações de veículos e equipamentos para as patrulhas rurais que faziam a manutenção de estradas, vinha mantendo distância dos holofotes. Trabalhando em sua defesa - já que sempre alegou inocência das acusações -, mas sem deixar de atuar nos bastidores políticos.
Segundo prefeitos e vereadores do PSDB, o ex-governador era facilmente encontrado na sede estadual da legenda, atendendo prefeitos e realizando reuniões com lideranças. Desde o início do ano, perfis nas redes sociais pedem a volta de Beto Richa à política. No Centro Cívico, a aposta é de que o ex-governador se candidate a deputado federal no ano que vem. A presença de Richa no evento público com Eduardo Leite foi mais uma sinalização no sentido de que o tucano está de volta.
Procurado pela coluna, o ex-governador tem informado não ter interesse em falar com a imprensa neste momento.