Cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder econômico nas eleições de 2018, o deputado estadual Subtenente Everton (PSL) terá todos os votos que recebeu considerados nulos e, assim, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) terá que recalcular os votos de cada partido e coligação, alterando o quociente eleitoral. Situação que poderia mexer com o resultado das eleições de 2018. O mesmo vale para uma eventual cassação do deputado estadual Fernando Francischini (PSL), que também está na mira do TSE.
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O TRE ainda não refez a conta. A coluna, porém, já se debruçou sobre os números nos dois casos. A cassação do Subtenente não alteraria a composição da Assembleia, abrindo apenas vaga para o primeiro suplente da coligação, Cassiano Caron (PSL). Por outro lado, a perda de mandato de Francischini causaria um efeito cascata envolvendo quatro cadeiras.
Subtenente Everton foi o deputado eleito com menos votos entre os 54 que formam a atual Legislatura da Assembleia Legislativa do Paraná. Ele recebeu 13.047 votos e conquistou uma cadeira graças à expressiva votação de Francischini, que fez 427,7 mil votos, o suficiente para levar, com ele, mais três candidatos da coligação para a Assembleia.
Sem os 13 mil votos de Everton, o quociente eleitoral (número de votos necessários para cada coligação eleger um parlamentar) pouco muda, caindo de 105.491 para 105.249 e a composição da Assembleia continua a mesma, com o PSL mantendo seus oito deputados estaduais.
Já se Fernando Francischini acabar cassado - a votação de seu processo foi suspensa por um pedido de vista quando a votação estava 3 a 0 para a perda de mandato -, seus mais de 400 mil votos serão retirados da conta de votos úteis e considerados nulos. A coligação do PSL perderia todos esses votos e seu quociente eleitoral ficaria reduzido a 97.328. Falta uma manifestação contra o deputado no tribunal para esse cenário se concretizar. O julgamento não tem data para ser retomado.
Bancada do PSL pode cair pela metade, se Francischini for cassado
Se essa redução do quociente eleitoral virar realidade, o PSL perderia metade de sua bancada, passando de oito para quatro parlamentares. Além de Francischini e Everton, deixariam a Assembleia Emerson Bacil e Do Carmo.
Com o novo quociente eleitoral, MDB, PV, DEM e PRP ganhariam, cada um, uma nova cadeira na Assembleia Legislativa. Os beneficiados seriam Nereu Moura (MDB), Pedro Paulo Bazana (PV), Adelino Ribeiro (PRP) e Elio Rusch (DEM).
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