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O presidente Jair Bolsonaro nomeou a ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti, para o Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Cida substitui o ex-deputado federal e ex-ministro do governo Temer, Carlos Marun. Os atos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (6). Cida é mulher do líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputado, Ricardo Barros (PP). O salário de conselheiro, divulgado por Itaipu em 2017 após pedido de informação da Câmara dos Deputados, era de R$ 27 mil.
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Vice-governadora eleita em 2014, Cida assumiu o Governo do Estado em abril de 2018, com a renúncia de Beto Richa (PSDB) para se desincompatibilizar para as eleições de outubro daquele ano, quando concorreu ao Senado. Ela disputou a reeleição, mas foi derrotada por Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) já no primeiro turno.
Nos oito meses que esteve no governo, Cida foi um das principais articuladoras da execução da nova ponte ligando o Brasil ao Paraguai que está sendo construída com recursos de Itaipu. Em 2018, a então governadora se reuniu com o presidente Michel Temer em Brasília, foi a Assunção para tratar do tema com o presidente paraguaio, Mario Abdo, e também se encontrou com as diretorias brasileiras e paraguaias da Usina. Em dezembro daquele ano, Cida Borghetti participou da cerimônia de assinatura do convênio entre os países para a construção da ponte, uma demanda histórica da região.
O Conselho de Administração da Itaipu Binacional é composto por 12 conselheiros, seis brasileiros e seis paraguaios. Além deles, há dois representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, um de cada país. Os 14 reúnem-se a cada dois meses ou em convocação extraordinária. As atribuições e competências do Conselho de Administração são descritas no Anexo A do Tratado de Itaipu e no Regimento Interno da binacional.
Com a indicação do presidente da República, Cida intregará o Conselho que já teve entre seus membros os ex-governadores José Richa, Orlando Pessuti e Ney Braga. Ney Braga, inclusive, foi diretor-geral da Usina.
Carlos Marun foi ministro-chefe da Secretaria de Governo do ex-presidente Michel Temer. Ele foi indicado ao cargo de conselheiro em Itaipu por Temer, mas afastado em março de 2019.
À época, Marun teve a nomeação questionada por uma ação popular e pelo Ministério Público Federal junto à 6ª Vara Federal de Curitiba. Em primeira instância, o pedido foi negado. Na apelação à segunda instância, o relator do processo, desembargador federal Rogério Favreto, suspendeu o ato de nomeação em liminar. No julgamento de mérito pela 3ª Turma do TRF-4, a decisão foi revertida.
Marun foi o deputado que dançou após a Câmara dos Deputados impedir o prosseguimento de denúncias contra Temer.
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