O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) participou, neste sábado (12), de dois eventos políticos em Curitiba. Ele foi convidado da cerimônia de filiação do Progressistas (PP) e, depois, anfitrião do encontro do PSD Mulher. Nas duas ocasiões, destacou em seu discurso estar deixando para trás a “velha política”, segundo ele, “das negociações de bastidores, das barganhas”.
O discurso chama a atenção por ter sido proferido em um evento do PP, partido que melhor representa o “centrão” no espectro político brasileiro, tendo sido base de sustentação dos governos petistas e de Jair Bolsonaro (PL). Já no evento de seu próprio partido, o governador estava acompanhado do presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, considerado um dos principais articuladores políticos nos bastidores de Brasília.
“Aqui no Paraná eu tenho buscado, desde que assumi o governo, um ambiente de paz política. O Paraná perdeu muito tempo, no passado, com briga política e isso fez com que o estado perdesse muitos investimentos, muitos recursos. E logo quando eu assumi o governo, fiz um trabalho de articulação para pacificar o estado, unir a bancada federal, os senadores, os deputados, os prefeitos, e isso tem dado muito resultado. Não é à toa que o Paraná tem batido recorde de atração de investimentos e de geração de empregos. É porque o setor produtivo olha com bons olhos esse ambiente pacífico, de tranquilidade de organização do nosso estado, demonstrando que a velha política ficou para trás”, disse Ratinho Junior, no evento do PP. “Vamos derrotar, novamente a velha política. Mas não velha de idade. Velha de ideias, a política das negociações de bastidores, das barganhas, das mentiras”, frisou em seu discurso no evento do PSD.
“Se nem meu partido definiu seu candidato a presidente, como eu vou tomar essa decisão?”
Ratinho Junior vem sendo muito cobrado por não se posicionar quanto à eleição presidencial. A falta de posição do governador, inclusive, levou alguns partidos a lançarem pré-candidaturas ao governo do estado para garantir palanque a seus presidenciáveis. Neste sábado, o governador falou que não é hora de se definir alianças, pois muita coisa deverá acontecer até julho, quando se encerra o período de convenções. “Tenho que esperar o meu partido. O PSD ainda nem definiu se terá ou não candidatura. Se nem meu partido definiu seu candidato a presidente, como eu vou tomar essa decisão? O presidente Kassab tem buscado viabilizar uma candidatura. Tinha o Rodrigo Pacheco, que agora abriu mão de ser candidato, tem o convite estendido ao Eduardo Leite, tem o ex-governador Paulo Hartung, do Espírito Santo, que é um bom quadro também. Mas é público o meu bom relacionamento com o presidente Bolsonaro. Então, tudo isso passa, agora, por esse momento de organização. Até 2 de abril é a organização interna dos partidos: fechar o quadro de lideranças, de filiações. Passou 2 de abril, começa a discussão das alianças, tanto no âmbito nacional quanto no regional. E nós vamos cumprir esse cronograma imposto pela Legislação e ter nossa definição no momento adequado”, disse.
O mesmo raciocínio, prega Ratinho Junior, deve ser levado em conta para analisar as coligações no estado e a possível candidatura de Guto Silva (PP) ao Senado. “O Guto é um grande nome, foi meu chefe da Casa Civil, é um grande articulador político. Tenho dito que temos um bom problema, pois o Paraná está com bons nomes para ser candidato a senador. Cada partido tem sua escolha sua preferência. O PP vai trabalhar o nome do Guto, temos o MDB construindo candidatura, o meu partido tem dois ou três nomes disponíveis. É um problema bom de resolver, seria ruim se não tivéssemos nomes ou nomes sem credibilidade. É uma construção conjunta que lá em julho definiremos o melhor cenário”.
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