O PSB tem Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas, no Paraná, não apoia o PT. Está, extraoficialmente, com o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) - que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL) -, e com o senador Alvaro Dias (Podemos). O MDB tem candidata própria à presidência da República, Simone Tebet, mas não terá palanque estadual para ela porque também fechou com Ratinho Junior.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Ainda tratando do MDB, o partido apoia a reeleição do governador mesmo não recebendo deste a recíproca para seu candidato ao Senado, Orlando Pessuti. Ratinho Junior já anunciou que seu candidato para o cargo é Paulo Martins (PL). Assim, a situação de apoio de mão única se repete com o União Brasil, que aposta em Sergio Moro para o Senado.
O encerramento do período de registro de candidaturas revelou situações inusitadas nas alianças partidárias para as eleições gerais de 2 de outubro. Teve até vice-líder do presidente Bolsonaro na Câmara sendo candidata por partido que fechou coligação com Lula.
O caso da deputada federal Aline Sleutjes (Pros) é o mais curioso de todos. Uma das principais apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro no Paraná, vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, ela trocou o PSL, partido pelo qual se elegeu, pelo Pros, na janela partidária de março deste ano. Candidata ao Senado, foi surpreendida com uma reviravolta jurídica na direção nacional do partido, que fez com que a sigla trocasse de comando e acabasse, por indicação da nova Executiva, ingressando na chapa presidencial de Lula. Mesmo com a reviravolta, Sleutjes manteve a candidatura e disputará a eleição por um partido da coligação de Lula, fazendo campanha para Bolsonaro.
Leia mais sobre as Eleições 2022 no Paraná
Com isso, apesar do apoio declarado de Ratinho Junior a Bolsonaro, há no rol de alianças do governador, mais partidos que nacionalmente estão ao lado de Lula (Agir, PSB, Solidariedade e o próprio Pros) do que de Bolsonaro (PP, PL e Republicanos). Como conseguiu neutralizar outras candidaturas no seu campo político, o governador acumula também apoio de partidos que estão com outros candidatos ao Palácio do Planalto, como MDB e Cidadania, que estão com Tebet; o PTB, de Roberto Jefferson; e o União Brasil, de Soraya Thronicke.
Já o PT passou longe de repetir, no Paraná, a grande aliança em torno de Lula no plano nacional. Além dos quatro partidos que estão com Ratinho Junior, o PT não conseguiu, sequer a unidade da esquerda, com a federação PSOL/Rede lançando candidatura própria ao governo, Professora Angela (PSOL), e ao Senado, Laerson Martins (PSOL). Assim, a chapa de Roberto Requião (PT) ficou restrita à federação PT/PV/PC do B.
Confira como ficaram as alianças eleitorais no Paraná:
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná