Grande aposta do PSDB na eleição para deputado federal no Paraná, o ex-governador Beto Richa dominou a propaganda eleitoral do partido no rádio e na TV e concentrou boa parte dos recursos de fundo eleitoral da legenda, com a expectativa de ser o puxador de votos da sigla em 2 de outubro. A expectativa não se confirmou e Richa foi o único tucano eleito deputado federal – e só ficou com a vaga porque Jocelito Canto (PSDB) teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.
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O esforço tucano na candidatura de Richa fica evidente no balanço final da prestação de contas dos candidatos. O ex-governador teve uma das campanhas mais caras do estado, gastando R$ 3,1 milhões para conquistar seus 65 mil votos. Essa relação faz do voto em Richa o mais caro da eleição para deputado federal no Paraná. Cada voto no tucano custou R$ 47,70.
Cinco reais mais barato do que o voto em Richa, a campanha de Luiz Nishimori (PSD) foi a que teve o segundo custo por voto mais alto: R$ 42,57, seguido de perto por sua correligionária Luísa Canziani, R$ 42,43. Os dois gastaram mais do que Richa, mas também receberam quase 10 mil votos a mais que o tucano.
O ex-coordenador da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos) teve gastos de campanha dentro da média dos deputados federais eleitos, R$ 2,1 milhões, mas, como foi o campeão de votos da eleição proporcional no estado, recebendo quase 345 mil votos, teve o custo unitário de cada voto mais barato entre os eleitos. Cada voto no ex-procurador custou R$ 6,15.
A segunda e a terceira campanhas com menor custo por voto também se beneficiaram mais da ampla votação dos candidatos do que de gastos moderados na eleição. O ex-secretário de saúde do Paraná Beto Preto (PSD) gastou R$ 2 milhões para receber 207 mil votos, com custo por voto de R$ 9,61; e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se reelegeu deputada federal com 261 mil votos e um custo de campanha de R$ 2,7 milhões –R$ 10,51 por voto.
Confira o custo por voto dos 30 deputados federais eleitos pelo Paraná:
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