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Com o encerramento do prazo para a prestação de contas das campanhas eleitorais, é possível saber quanto cada político investiu em sua candidatura. Além das campanhas mais caras e mais baratas, já destacadas pela Gazeta do Povo, outro cálculo interessante de se fazer é quanto cada candidato precisou gastar para conquistar cada um dos votos que recebeu. Entre os deputados estaduais eleitos no Paraná, esse custo por voto varia de R$ 2,33 a R$ 29,45, resultado das diferentes estratégias de cada candidato para chegar à Assembleia Legislativa.
Grande aposta do União Brasil nesta eleição para o Legislativo estadual, a vereadora de Curitiba Flávia Francischini concentrou boa parte dos recursos de fundo eleitoral do partido, sobretudo da cota destinada a candidaturas femininas. Com isso, fez uma das campanhas mais caras entre os deputados eleitos, gastando R$ 1,23 milhão. Eleita com 41,7 mil votos, a deputada chega à Assembleia com um custo de R$ 29,45 por voto.
Também usufruindo de boa parte da cota feminina para seu partido, a deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB) conseguiu a reeleição com 45,2 mil votos. Para isso, precisou gastar R$ 1,27 milhão, tendo um custo por voto de R$ 28,30. O terceiro voto mais caro foi no ex-deputado Do Carmo (União), que na legislatura anterior perdeu o mandato após a cassação de Fernando Francischini (União). O partido compensou financeiramente o contratempo enfrentado pelo ex-deputado, e investiu pesado na sua candidatura, o que resultou na sua eleição com R$ 22,64 por voto.
A campanha com o voto mais barato foi a do deputado estadual reeleito Requião Filho (PT). O filho do ex-governador Roberto Requião (PT) teve a 10ª campanha mais barata, gastando R$ 200 mil para se eleger. Mas, como obteve a 8ª maior votação entre os concorrentes à Assembleia, com 85,6 mil votos, renovou seu mandato com um custo de R$ 2,33, cinco centavos mais barato do que o custo por voto de Samuel Dantas (Pros), que fez sua campanha com apenas R$ 70 mil e conseguiu 29,3 mil votos.