Ouça este conteúdo
A iminente saída do partido dos cinco deputados estaduais do PSB do Paraná reabre os caminhos da legenda para o ex-governador Roberto Requião (sem partido), que ainda procura uma sigla para disputar as eleições para o governo do estado, em outubro. O PSB foi um dos primeiros partidos a abrir as portas para Requião quando o ex-governador e ex-senador deixou o MDB, mas os cinco deputados trataram de fechá-la, levando à direção nacional da legenda a reivindicação de que, no Paraná, o PSB apoiasse a reeleição do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
Assim que Requião anunciou a desfiliação do MDB, após perder a convenção partidária para o deputado estadual Anibelli Neto, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, convidou o ex-governador a ingressar no partido, num movimento de filiação de lideranças estaduais de centro-esquerda que levou para o partido nomes como Flávio Dino, no Maranhão, e Marcelo Freixo, no Rio de Janeiro.
Os cinco deputados estaduais do PSB (Alexandre Curi, Luiz Claudio Romanelli, Tiago Amaral, Jonas Guimarãoes e Artagão Junior) no entanto, foram a Brasília, acompanhados do governador Ratinho Junior, para demover Siqueira da ideia, reforçando o apoio ao governador. Sem clima, as negociações entre Requião e o PSB esfriaram.
Nesta semana, no entanto, após a filiação de Geraldo Alckmin ao partido, que praticamente sela que o PSB estará na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o candidato a vice-presidente, os cinco deputados confirmaram que estão deixando o partido e procurando uma nova legenda, o que reabre as portas do PSB para Requião.
O ex-governador poderia ser, assim, candidato pelo PSB, em aliança com o PT, dando palanque a Lula no estado. Os dois deputados federais do partido, Aliel Machado e Luciano Ducci, não têm resistência à ideia e a chapa de deputados estaduais da legenda, totalmente desmantelada com essa movimentação da janela partidária, poderia começar a ser reconstruída a partir do deputado estadual Requião Filho (que está de saída do MDB).
Procurada pela coluna, a equipe de Requião informou que o ex-governador e seu grupo político seguem analisando todas as possibilidades.
