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Roger Pereira

Roger Pereira

A política do Paraná em primeiro plano

Na Assembleia

Deputados do Paraná votam LDO para entrarem em recesso na reta final da campanha

Após aprovação da LDO, deputados poderão entrar em recesso. (Foto: Divulgação/Alep)

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A Assembleia Legislativa do Paraná deverá ter, na segunda (5) e terça-feira (6), suas três últimas sessões do “primeiro semestre”. A expectativa é que a partir da quarta-feira (7) os deputados entrem em recesso, só retornando aos trabalhos após a eleição de 2 de outubro.

O tradicional recesso de julho ainda não foi desfrutado pelos parlamentares porque eles ainda não aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Constitucionalmente, os deputados só podem curtir o recesso após a aprovação da LDO, que será colocada em pauta nas sessões desta semana. Assim, oportunamente, os deputados estarão dispensados de comparecer à Assembleia justamente nas três últimas semanas de campanha.

Geralmente votada no primeiro semestre, a LDO deste ano teve sua tramitação adiada com a justificativa de que seria necessário aguardar os impactos da Lei Complementar 194/2022, que estabeleceu teto para o ICMS sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo, na arrecadação do Estado. Segundo o relator, Tiago Amaral (PSD), com a estimativa de perda de R$ 6,3 bilhões em arrecadação feita pela Secretaria de Estado da Fazenda após a aprovação da nova regra, poderia haver a necessidade de se refazer o anteprojeto da LDO ou emendá-la para adequar a uma nova previsão de receitas.

O texto aprovado na semana passada pela Comissão do Orçamento, no entanto, não fez nenhuma revisão na arrecadação, apontou não ter havido impacto da Lei Complementar nas arrecadações de julho e agosto. Assim, deixou para a Lei Orçamentária Anual (LOA) - o Orçamento detalhado do Estado a partir das diretrizes da LDO -, discutida no segundo semestre, a atualização das estimativas de arrecadação.

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“A Lei Complementar Parlamentar 194/2022 limitou o porcentual de cobrança (18 %) do ICMS em combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. O fato gerou atraso de aproximadamente 45 dias na votação da PLDO [Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias], tal decisão foi necessária para observar o comportamento da arrecadação nos meses de julho e agosto”, apontou Amaral no relatório. “Apesar das estimativas, o resultado apresentado pelo Paraná não apresentou tal oscilação e veio alinhado com os outros meses do ano. Ademais, também foi 14% superior ao mesmo período do ano passado”, prosseguiu.

“Diante dos dados apresentados, ainda não é possível afirmar se o cenário orçamentário do Estado será radicalmente afetado pelo PLP 194/2022, visto que a arrecadação global efetivada nos meses de julho e agosto não foi reduzida. Contudo, a Lei Orçamentária Anual, que será encaminhada até 30 de setembro, vai trazer a atualização das estimativas de arrecadação e a fixação das despesas para o próximo exercício”, concluiu.

Assim, a LDO de 2023 vai a votação no plenário prevendo uma arrecadação total de R$ 58,2 bilhões para o ano que vem, quase R$ 10 bilhões a mais do que o previsto na edição deste ano, mas ainda com uma previsão de despesas não contempladas pelo Orçamento na ordem de R$ 2,5 bilhões. Na Comissão do Orçamento, o projeto recebeu 92 emendas, das quais 65 foram acatadas, uma foi parcialmente acatada e 26, rejeitadas. “Dentre as emendas acatadas e incorporadas ao texto do substitutivo geral apresentado de forma anexa ao presente, temos que a grande maioria das emendas se trata de simples reforço de dotação, razão pela qual deixamos de especificar no presente parecer”, relatou Amaral.

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