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O gabinete do vereador Renato Freitas (PT) oficiou a presidência e a corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba apresentando suposto e-mail recebido no endereço eletrônico institucional do parlamentar com ofensas racistas. O e-mail teria sido disparado do endereço oficial do vereador Sidnei Toaldo (Patriota), relator do processo contra Freitas no Conselho de Ética, que votou pela cassação do mandato do petista. Toaldo nega a autoria da mensagem e diz que nem ele, nem ninguém de seu gabinete, enviou e-mail para Freitas. O vereador diz que suas correspondências de gabinete têm uma assinatura padrão, não utilizada na mensagem em questão, e afirma tratar-se de uma fraude. O relatório de Toaldo será votado nesta terça-feira (10) pelo Conselho de Ética.
Com ofensas como “volta para a senzala”, “seu negrinho”, “vagabundos” e “vamos branquear Curitiba”, o e-mail foi recebido pelo endereço “renato.freitas@cmc.pr.gov.br” tendo como remetente “sidnei.toaldo@cmc.pr.gov.br”. Além dos ofícios às autoridades do Legislativo municipal, o gabinete de Freitas informou que registraria Boletim de Ocorrência do caso.
Toaldo disse desconhecer o e-mail. Informou que não foi à Câmara nesta segunda-feira por estar em isolamento por conta da Covid-19 e disse que seus principais assessores, que teriam a senha de seu e-mail, também estão afastados por conta da doença. “Estou em silêncio desde o início do processo. Fiz meu relatório sem comentar com ninguém. Só duas pessoas acessam esse e-mail e as duas também estão afastadas. Certamente isso foi hackeado. É mais uma tentativa de causar tumulto”, disse. “Já acionei meu jurídico, vamos descobrir quem fez isso e responsabilizar”, acrescentou.
A Câmara de Curitiba manifestou-se em nota no final da tarde desta segunda-feira. "Sobre o suposto print de um e-mail entre vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), que circulou em redes sociais nesta segunda-feira (9), a CMC informa que, até as 18h de hoje, não recebeu denúncia formal contra o suposto autor, nem de invasão das contas de e-mail, tampouco de ataque hacker ao provedor de e-mails do Legislativo. Desta forma, respeitada a inviolabilidade da comunicação pessoal dos parlamentares, a CMC não tem como determinar a autenticidade da mensagem no presente momento. Isto só poderá ser feito ou por investigação interna devidamente motivada, ou por ordem judicial, cabendo aos envolvidos a iniciativa neste caso", informou a Casa.