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Roger Pereira

Roger Pereira

A política do Paraná em primeiro plano

Encontro com tucanos

Assim como Doria, Eduardo Leite não se constrange em dividir palanque com Beto Richa

Eduardo Leite fala em jantar com prefeitos gaúchos, no dia 9 de setembro de 2021 (Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini)

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O ex-governador Beto Richa (PSDB), réu em oito ações penais por supostos crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, fraude a licitação e organização criminosa, é pessoa bem-vinda no palanque de dois pré-candidatos do PSDB à Presidência da República.

Em agosto, durante mobilização de tucanos em Curitiba, o governador de São Paulo, João Doria, já havia declarado que “confiava” no amigo pessoal. “O ex-governador Beto Richa enfrenta e defende-se de acusações, mas ele não foi julgado, não foi culpado. Então, ele tem o meu respeito e, por isso, estou aqui ao lado dele. Além disso, ele é meu amigo pessoal, assim como o pai dele foi amigo pessoal do meu pai. E eu não abandono meus amigos", disse à época.

Neste sábado (18), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, faz um périplo pelo Sudoeste do Paraná, arregimentando apoios para a disputa das prévias do partido que escolherão um candidato à Presidência da República.

Uma das presenças aguardadas no evento em Francisco Beltrão é justamente a do ex-governador Beto Richa, que ensaia a retomada da carreira política depois de perder a eleição para o Senado, em 2018, quando foi preso, a poucos dias do pleito, na Operação Rádio Patrulha. Para Eduardo Leite, não há nenhum constrangimento em dividir palanque com Richa, mesmo com o ex-governador respondendo a ações penais relativas a quatro diferentes operações policiais (Rádio Patrulha, Quadro Negro, Integração e Piloto).

“O ex-governador Beto Richa foi um excelente prefeito de Curitiba, cumpriu um mandato de profundas transformações no Paraná quando foi governador. Ele tem muitos créditos e creio que boa parte das denúncias contra ele carecem, inclusive, promoção de ação judicial. A esposa do governador foi vítima de uma prisão e, pelo que me consta, até o presente momento, não foi oferecida uma denúncia em relação a ela. Tem atuação por parte da Justiça que merece análise também. O ex-governador precisa responder aos processos, mas merece, também, pelo crédito que tem, a presunção de inocência e a oportunidade de fazer as suas manifestações dentro de um processo judicial regular, para não ser vítima de injustiça. A promoção de uma ação judicial é pertinente, possível, mas há que se guardar a presunção de inocência. Por isso, não tenho constrangimento em estar no mesmo palanque que Beto Richa”, declarou.

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