Foz do Iguaçu foi uma das cidades brasileiras mais afetadas pela pandemia causada pelo coronavírus. Se, na área da saúde pública, a cidade conseguiu evitar o colapso e, de certa forma, controlar os números de casos e mortes, na economia o estrago foi imenso. A cidade, que vive, essencialmente, do turismo, parou. O Parque Nacional do Iguaçu fechou; os turistas deixaram de desembarcar na cidade; hotéis, pousadas, restaurantes, receptivos, ônibus de turismo, toda a cadeia do setor fico ociosa, o que afetou de forma irreversível o bolso dos iguaçuenses, bem como as receitas da prefeitura. Se, em 2019, mais de dois milhões de pessoas visitaram o Parque Nacional, em 2020, o número de visitantes não passou dos 658 mil.
Reeleito prefeito da cidade em uma das eleições mais disputadas no estado (com vantagem de menos de 3 mil votos para o segundo colocado), Chico Brasileiro (PSD) afirmou, em entrevista à Gazeta do Povo, que a pandemia ensinou à cidade que é preciso diversificar a economia. “Vamos seguir investindo fortemente no turismo, nosso carro chefe, mas temos que ter atenção para o comércio e a indústria. Nenhuma cidade pode ficar refém de apenas um setor econômico”, afirmou. Chico Brasileiro também comentou a estratégia de enfrentamento da Covid-19 no município, considerada radical no início da pandemia, e as medidas adotadas para a retomada, “no pós-vacina”. Confira a íntegra da entrevista
Gazeta do Povo: Em todas as principais cidades do Paraná, apesar das dificuldades que enfrentaram no último ano, com a pandemia, os prefeitos conseguiram a reeleição. A que o senhor atribui esse desejo de continuidade do paranaense e, especificamente, em Foz do Iguaçu, que fatores contribuíram para sua vitória?
Chico Brasileiro: Especificamente em Foz nós tivemos um processo, uma experiência, muito difícil que foi na gestão 2013-2016 [O ex-prefeito Reni Pereira acabou preso por corrupção], onde a cidade realmente ficou envergonhada, onde a cidade ficou chamuscada, com algumas situações de operações. E, com isso, nós trabalhamos muito na recuperação dessa imagem da cidade. Resgatar essa tranquilidade do Poder Público, resgatar compromissos, isso é muito importante para um processo de virada, de alcançar metas na administração pública, que tem essas impressões negativas. Fazer com que a administração pública demonstre para o setor de fiscalização e para o setor privado que ela cumpre o seu papel e, assim, possibilita investimentos na cidade. Então, houve todo um processo de reorganização administrativa, financeira, da cidade. E, é claro, o eleitor não quer correr um risco. Até porque esse processo de mudanças não foi bem-vindo, muitas cidades fizeram mudanças no Paraná em 2012 e quem assumiu em 2013 não teve muito sucesso. Eu acho que o eleitor optou pela estabilidade, pela continuidade, com a certeza do que o município precisa realmente. Até porque, esses governos, tiveram grandes problemas. O mundo vive uma pandemia. E você trocar um governo no meio de uma pandemia seria um risco muito grande administrativo e, principalmente, para própria cidade.
A sua primeira eleição foi em uma eleição suplementar, após uma cassação. Isso aumenta a responsabilidade? Porque o eleitor escolheu outro prefeito, que acabou cassado (Paulo MaDonald). O senhor tinha que conquistar esse eleitor. Foi uma cobrança em dobro?
É uma cobrança em dobro, só que no caso específico de Foz eu não fui prefeito nem tampão e nem fiquei em segundo lugar e assumi. Eu participei de uma eleição suplementar e ganhamos a eleição com 59% dos votos. Ou seja, fomos referendados de forma democrática mesmo em uma eleição suplementar. Então, a gente entrou com um aval da população exatamente para poder conduzir o processo de mudança que a cidade estava precisando. E isso aumenta a expectativa, porque havia todo um desconforto da cidade com contas atrasadas, o desconforto de o empresariado não querer vender mais para prefeitura e isso tudo gera uma desconfiança no setor público que atrasa a cidade e atrasa a administração pública.
Um prefeito eleito cassado e o prefeito anterior preso. Como é que a imagem do prefeito, a imagem do Executivo Municipal, fica perante a sociedade?
É esse cenário que a gente precisava superar. Fazer uma agenda em que os investidores pudessem enxergar o que a administração pública estava conduzindo para trazer o equilíbrio às contas públicas. Nenhum investidor aposta em uma cidade desequilibrada, que tem risco de não honrar seus compromissos. Então, a gente trabalhou fortemente isso, esse resgate de credibilidade. Através de decretos, demonstramos que nós iríamos pagar quem fornecesse para prefeitura em até 20 dias, exatamente para o empresariado entender que vender para prefeitura seria seguro. Então, a gente resgatou isso, resgatou as certidões que não estavam regulares. Regularizamos toda essa parte, tanto fiscal quanto administrativa da Prefeitura. E, com isso, a gente foi superando essa etapa que foi muito negativa para cidade. Criamos uma agenda positiva de, justamente, trabalhar o Turismo, uma imagem de Foz do Iguaçu, resgatar o orgulho da cidade, tanto que hoje as pesquisas apontam que o iguaçuense tem o orgulho da cidade, 75% apontam que têm orgulho de viver em Foz. É esse trabalho que nós fizemos na primeira gestão, juntamente com a iniciativa privada, juntamente com o empresariado e com a população em geral.
Nessa agenda positiva, prefeito, do que o senhor apresentou lá na eleição suplementar até 31 de dezembro, o que foi concluído e o que acabou ficando para esse mandato?
Houve mudanças, principalmente no último ano, de rumo, onde nós tínhamos programado algumas ações na área da saúde e nós tivemos que reorganizar após o início da pandemia todos os investimentos, inclusive que já iriam começar. Nós tínhamos obras que já estavam com ordem de serviço e tivemos que cancelar, e reorganizar todo sistema de saúde.
Assim também como na área educacional. Nós tínhamos um projeto de ampliação de centros de educação infantil. O nosso projeto era igualar o número de escolas do ensino infantil com o número de escolas do ensino fundamental, para proporcionar que a criança inicie estudando mais cedo e assim a gente possibilite a continuidade tanto no ensino infantil quanto no ensino fundamental. Para isso são necessárias mais salas de aulas, mais escolas infantis. A gente iniciou esse projeto, mas não conseguiu concluir essa equivalência.
Então, Foz foi uma cidade muito afetada pela pandemia e nós tivemos que reorientar toda política pública para não se perder aquela premissa básica que nós tínhamos que ter um equilíbrio nas contas públicas para também não arriscar o futuro da cidade.
A parceria do Governo do Estado com o Governo Federal trouxe muitos frutos para Foz do Iguaçu nos últimos dois anos, principalmente em investimentos de infraestrutura a partir da Itaipu Binacional. Qual a importância desses investimentos?
Além de melhorar a qualidade de vida, melhora a percepção da cidade para investimentos privados. Porque no investimento público, era um gargalo há 30 anos, que Foz do Iguaçu lutava por uma segunda ponte, lutava para que nós tivéssemos uma perimetral que tirasse os caminhões do centro de Foz do Iguaçu. Nós temos o maior porto seco do Brasil funcionando em Foz e esses caminhões passavam pelo centro da cidade. Ainda passam hoje. Então, com essas obras que a Itaipu está financiando, com essas parcerias com Governo do Estado e Governo Federal nós iremos resolver esse gargalo que é um gargalo de 30 anos. Além disso, a duplicação da rodovia das Cataratas.
No início de 2020, a gente estava batendo recordes de turistas e os engarrafamentos para ir às Cataratas era coisa de quatro a cinco quilômetros, então, não tem mais condições de a gente crescer se não desenvolver esses gargalos históricos. A Itaipu tem tido um trabalho de compreensão estratégica, não está fazendo investimentos pequenos, investimentos pulverizados, está concentrando investimentos, claro, com aporte do Governo Federal e do Governo do Estado. Eu diria que Foz do Iguaçu recebeu um presente com todos esses investimentos acontecendo aí em dois ou três anos.
E enquanto Foz batia recordes de visitantes e recebia esses grandes investimentos, veio a pandemia. A indústria sequer parou, o comércio parou, mas logo voltou, mas o turismo sofre até hoje. Qual o tamanho do estrago que a pandemia causou na cidade?
Nós tivemos um prejuízo imenso às empresas, prejuízo imenso aos trabalhadores e, consequentemente, a queda de arrecadação do setor público. O Imposto Sobre Serviço (ISS) é o segundo imposto mais importante só perdendo para o ICMS. É um imposto que realmente alavanca a economia local, que faz a economia girar. E nós tivemos uma queda de 35% na arrecadação. Além de outros impostos, porque como toda a cadeia do turismo ficou fechada durante sete meses, as fronteiras foram fechadas. Nós ficamos com o Parque Nacional alguns meses fechado, que é nosso principal atrativo, juntamente com Itaipu. Os nossos hotéis não podiam receber turistas. Ou seja, nós realmente fomos impactados de uma forma muito violenta, muito agressiva e sem ninguém estar preparado para isso. Foi um momento realmente muito difícil que exigiu das empresas, exigiu muita união também, e aí Itaipu foi importante nesse processo de montarmos uma agenda de recuperação da economia da cidade juntamente com o Governo do Estado. Houve uma atenção para Foz do Iguaçu que eu considero importante.
Pela Fomento Paraná, através da Prefeitura, foi investido em torno de R$ 13 milhões no juro zero para os pequenos negócios. Para o motorista de van de turismo, por exemplo, para que ele pudesse receber uma quantidade de recursos, pagar em 24 meses, tendo 12 de carência. Isso possibilitou os pequenos sobreviverem e as políticas do Governo Estadual e do Governo Federal de crédito para as empresas, para que elas pudessem atravessar esse momento mais delicado da crise.
Nós temos muitas empresas que pouco a pouco foram retomando. Terminamos o ano com a capacidade de 50% sendo utilizada nos hotéis e visitação no Parque Nacional. Mas, o Brasil e o mundo enxergam Foz do Iguaçu como a cidade que eles querem visitar, é um dos destinos mais procurados para visitação pós-pandemia. Então a gente está com a esperança muito grande, a gente está se preparando para o pós vacina, que é o nosso foco, para que essa vacinação permita que os estrangeiros possam retornar. O nosso foco agora de retomada é mostrar que nós temos atrativos que são os atrativos da família, que a cidade tem uma diversidade de atrativos que não apenas as Cataratas e Itaipu. Elas se complementam. Hoje o pacote para Foz é de sete dias tranquilamente, para que as famílias possam viver Foz do Iguaçu. Nós vamos trabalhar em uma grande divulgação no Brasil e no exterior a partir dessa retomada, no momento em que tivermos a segurança que nossa capacidade pode funcionar 100%.
Na questão da saúde, Foz foi uma das cidades que adotou as medidas mais rigorosas, com o fechamento de bairros, por exemplo. Avaliando agora, passados 10 meses, o senhor acha que as medidas foram as adequadas?
O grande foco foi a gente preparar a cidade, porque quando surgiu a pandemia na China, Foz do Iguaçu por receber muitos turistas estrangeiros, pode receber rapidamente o vírus. Então, nós tivemos que tomar medidas, porque ninguém tinha a dimensão dessa doença. A nossa opção foi ser duro, até para preservar a cidade, porque Foz é uma cidade que vive de imagem. Imagina se Foz tivesse aquela imagem de gente em ambulância morrendo na porta de hospital, seria muito negativo para recuperação da imagem de Foz. Nós optamos por medidas duras com o fechamento, depois o fechamento parcial, mas nunca o afrouxamento 100%, até para preservar o nosso sistema de saúde, que sempre foi a tônica garantir a vida das pessoas. E a gente enxergar que no início nenhum sistema hospitalar estava preparado. Hoje nós temos 95 leitos de UTI em hospital, no início nós tínhamos 20 leitos. Ou seja, se a pandemia tivesse tido uma fase muito aguda e um pico muito alto ali, poderia ter matado centenas de pessoas sem assistência, porque nós não tínhamos essa estrutura de equipamentos e nem de profissionais. Nós tivemos que ser rígidos. Fomos um dos municípios mais rígidos da pandemia, mas foi a forma que a gente encontrou de agir preventivamente e de preservar vidas.
Outro problema de saúde de Foz é a fila por consultas e procedimentos de especialidade, que deve ter se agravado na pandemia com os decretos estaduais. Como o senhor vai lidar com isso a partir de agora para tentar reequilibrar? Há um medo de surgir miniepidemias de doenças que não foram diagnosticadas no ano passado?
A vantagem que a gente vai sair da pandemia, espero que ocorra nos próximos meses, é que sairemos com uma estrutura hospitalar com a capacidade de atender muitas cirurgias e fazer grandes mutirões, porque nós passamos a ter muito mais UTIs e tem muita cirurgia que precisa de uma retaguarda de UTI. Nós temos uma programação e iniciamos com pequenas cirurgias, aqueles processos que não precisam de uma grande estrutura. Alugamos uma estrutura fora do nosso hospital para fazer aquelas pequenas cirurgias que incomodam os pacientes. De novembro a dezembro fizemos umas 600 cirurgias, é uma retirada de pino, uma bolsa de colostomia, cirurgias de otorrino. O que está ficando para trás é aquela cirurgia que precisa de um leito de UTI, que são mais complexas. Essas cirurgias, a partir de uma segurança com a estabilidade da pandemia, a gente vai ter uma capacidade hospitalar muito melhor. Esse é um legado que vai ficar. Nós não investimos em hospital de campanha, investimos tudo dentro do hospital municipal, assim como o Costa Cavalcanti que é um hospital da Itaipu, investiu lá dentro do hospital. Com isso, a gente fica com uma estrutura pronta para atender essas demandas que ficam represadas.
Antes de termos o anúncio do Plano Nacional de Vacinação, muitos prefeitos, inclusive o senhor, mobilizaram-se em busca da vacina, como o senhor viu toda essa questão política da vacina?
Isso não foi positivo para o Brasil, não foi positivo também essa disputa de quem iria sair mais cedo. Até porque o Programa de Imunização ele é um dos mais organizados do mundo, nós temos uma capacidade de fazer toda uma operacionalização de uma campanha vacinal em semanas. O Brasil tem um knowhow em vacinação extraordinário, então essa situação política não foi positiva. Tentou-se uma corrida para ver quem iria começar primeiro. Conversar com Butantan nós chegamos a conversas, mas desde o início sempre apontamos que o sistema era único, não podemos estar fora do sistema, ele tem a sua missão, sempre em qualquer imunização é pelo Programa Nacional. O secretário Beto Preto conversou com o Governo Federal e eu me senti muito seguro com a retaguarda da Secretaria Estadual de Saúde nessa interlocução para garantir vacina para todos. Não seria prudente a gente anunciar qual município saiu na frente, qual estado saiu na frente, o Brasil é um só. Acho que agora isso está superado, é acreditar na vacina, tomar a vacina e fazer com que as pessoas acreditem que essa é forma de retomar o que perdemos.
A conversa com o Butantan foi uma busca de alternativas. Não existia um horizonte tão certo, estávamos vivendo uma incerteza, porque as tratativas são feitas a nível Federal e Estado. Então, cada município buscou de repente pode ser uma alternativa. Mas sempre com o pé no freio. Apenas para não ficar para trás de começasse. Para nós, para retomada econômica, é imprescindível. Daqui a pouco teremos turistas estrangeiros que tomaram a vacina e se nós não tivermos bem imunizados perderemos muito economicamente.
O fim do auxílio emergencial, pago pelo governo federal a quem ficou economicamente comprometido com a pandemia, preocupa e faz a prefeitura pensar em uma alternativa?
O que estamos trabalhando é um plano de comprar serviços desses pequenos negócios, pequeno empreendedor. Estamos estimulando que as pessoas se regularizem através do MEI, que é uma forma com menos impostos, para que elas possam vender serviços para prefeitura, serviço de eletricista, encanador, pedreiro. Nós estamos trabalhando muito isso, que através dos pequenos negócios e não com um repasse direto, porque se a gente repassar um mês e repassar outro é uma forma impensável, porque o município está aportando recursos para algo que é importante, mas não sabemos até onde vai. Você tem que ter outras estratégias. Recuperar escolas, instituições públicas, através do MEI, para que as pessoas possam ter continuidade após a pandemia. Nós temos uma parceria com o SENAI de oferecer cursos profissionalizantes para essas pessoas e incentivar que elas sejam microempreendedoras individuais. A prefeitura está trabalhando nesse sentido.
Lançamos outro programa que é Foz conhecendo Foz. Então, o guia de turismo ele vai pegar o iguaçuense, ele vai levar aos atrativos, contar a histórias dos atrativos e assim ter trabalho. Vai receber por isso, uma renda da prefeitura, mas vai fazer como que o iguaçuense possa se envolver no processo de recuperação do turismo como um todo.
Outro problema que o senhor deve enfrentar esse ano é com o transporte coletivo. Há, hoje, uma intervenção municipal no transporte coletivo, como é que isso funciona e como é que o senhor pretende agir?
Hoje o sistema em Foz não opera de forma satisfatória. Tem um contrato de 15 anos e acho que esse modelo de contrato de longo prazo é ruim. Nós pretendemos, com todo o embasamento e firmeza jurídica, realizar uma nova licitação, com um novo marco de regulação e um novo marco contratual que possibilite termos ônibus adequados, linhas adequadas e um nível de satisfação melhor. No sistema atual, as pessoas estão fugindo e isso vai levar o sistema à falência. Temos que buscar a melhoria do sistema e fazer com que ele tenha esse equilíbrio para que o cidadão não seja muito onerado na tarifa. Esse é um trabalho intenso que está sendo feito pela área administrativa e jurídica da prefeitura. Temos um pouco mais de um mês de intervenção e isso foi importante para não deixar ruir o sistema: pagando o 13º, que estava atrasado, os direitos básicos dos trabalhadores e não deixar o sistema parar. A intervenção serve para isso e, também, para apontar um horizonte nestes seis meses, para que a gente possa ter um novo processo licitatório, que seria um novo marco no transporte.
Para os próximos quatro anos, o que o senhor apresentou de diferente para a cidade? É um mandato de continuidade ou há alguma mudança?
Nós temos que diversificar a economia. Sempre trabalhamos muito focados no turismo e a pandemia foi uma demonstração clara de que nenhuma cidade do mundo pode ficar apenas focada em um setor. É preciso atrair empresas, transformar a cidade em um grande centro comercial. E, aí estamos apostando muito nas lojas francas, que é um modelo que o governo federal já aprovou para cidades gêmeas. Ou seja, o brasileiro que sai de Foz para comprar no exterior pode comprar esses produtos no Brasil. Então vai ter uma cota de US$ 300 por mês por pessoa, pelo número de turistas que passam por Foz do Iguaçu, isso pode gerar muitos dividendos para acidade e gerar empregos. O turismo de compras é um dos mais importantes do mundo e quando é casado com o turismo de natureza, então, é a combinação perfeita. Mas vamos, também, diversificar nosso distrito industrial, para que algumas empresas que tenha o perfil da cidade, que não pode instalar vários tipos de empresas por conta do Parque Nacional, compreendam que Foz não é uma cidade no fim da linha, é o centro do Mercosul. Temos uma localização geográfica estratégica que pode nos transformar num grande hub de distribuição de produtos para a América do Sul. Então, vamos trabalhar muito isso para diversificar a economia da cidade e não ficarmos tão dependente do turismo, apesar de querermos fortalece-lo ainda mais.
Para encerrar, uma pergunta que temos feito a todos os prefeitos reeleitos. Qual a herança que o senhor recebe de seu antecessor?
Uma herança de estabilidade. Mesmo vivendo uma pandemia, Foz do Iguaçu, hoje, tem estabilidade, apesar de termos grandes desafios e grandes sequelas que vão ficar desta pandemia. Mas a cidade está preparada para olhar para o futuro. Hoje, nossa cidade é muito bem avaliada pelos investidores, é uma cidade que tem equilíbrio nas contas públicas, na sua economia. Uma cidade que está organizada, preparada para crescer. Preparada para dar um salto tanto no desenvolvimento do turismo, quanto no desenvolvimento da cidade em si. Uma cidade boa para o turista e para o iguaçuense.
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