O protagonismo nacional que o PSB vem ganhando como oposição ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) já tem repercutido no Paraná, onde o partido tem cinco deputados estaduais que fazem parte da bancada de apoio ao governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), um dos governadores mais próximos ao presidente da República. Além de liderar a oposição na Câmara dos Deputados, o PSB filiou, nesta semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino, e o deputado federal do Rio de Janeiro Marcelo Freixo, dois fortes opositores de Bolsonaro.
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“A vinda do governador Flávio Dino fortalece ainda mais o PSB, que já ocupa um espaço de protagonismo a nível nacional. Temos três governadores, a liderança da oposição na Câmara dos Deputados e uma bancada muito aguerrida”, comentou o deputado federal paranaense Aliel Machado. “Em relação às questões regionais, não vejo qualquer empecilho. O PSB reconhece que cada local tem suas particularidades. Sem abrir mão de princípios nacionais, sem abrir mão de posicionamento político neste momento que passamos, o estado do Paraná tem a liberdade de fazer sua escolha, que não diz respeito a qualquer tipo de aliança nacional, mas uma questão para o estado do Paraná. Que será decidido, com autorização da direção nacional, pelo PSB do Paraná, com seus deputados estaduais e federais”, analisou.
O deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli também comemorou o destaque nacional alcançado pelo partido e não vê conflito com a questão regional. “O PSB do Paraná tem, como bancada, uma relação política bastante republicana com o governador. Somos deputados com forte trabalho municipalista e estamos em situação absolutamente tranquila para construir as alianças que, aqui, o partido julgar importante, dialogando com todas as forças políticas”, disse. Para ele, as filiações de Dino e Freixo aumentam a importância do partido no quadro nacional, o que pode ser benéfico, também, para a bancada estadual. “Precisamos fazer mudanças na política nacional e o PSB está no rumo correto, Com Dino e Freixo, o PSB está construindo alternativas muito interessante. E as construções estaduais são muito importantes. Em São Paulo, por exemplo, estamos construindo com o próprio PSD, com Márcio França e Geraldo Alckmin”, citou.
Romanelli admitiu, no entanto, que toda a discussão de alianças políticas e, até mesmo, de permanência dos deputados no partido, depende da definição da regra eleitoral, uma vez que a Câmara discute uma minirreforma eleitoral que poderá mudar o sistema de disputa das eleições proporcionais. “Isso vai gerar grande impacto. Ainda não sabemos se teremos a regra atual, a federação de partidos ou o distritão e, para cada cenário, a estratégia será diferente”, disse, revelando que os cinco deputados estaduais do partido (Romanelli, Alexandre Curi, Artagão Junior, Jonas Guimarães e Tiago Amaral) cogitaram trocar de partido. “A tendência é que fiquemos os cinco juntos. Dentro ou fora do PSB. Chegamos a discutir com o PSDB e conversamos, também com outros partidos, mas vejo, agora, que o caminho parece ser permanecer no PSB”, comentou.
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