Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, que recebeu, na última terça-feira (04) o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o deputado federal Sergio Souza (MDB), que também coordena o grupo de trabalho da bancada federal paranaense sobre o pedágio, afirmou que, apesar da posição contundente do ministro em defesa do modelo híbrido para a licitação das novas concessões rodoviárias no Paraná, ainda há margem para a discussão da proposta paranaense de se adotar um leilão por menor tarifa, com o depósito de um valor de caução como garantia.
“Colocamos para ele que nossa preocupação é com a menor tarifa. Ele disse saber que é isso que o Paraná quer, mas expôs o seu temor de termos o leilão vencido por uma empresa com uma proposta inviável, que não consiga executar as obras, e disse que o modelo híbrido é o que garante isso, com uma tarifa justa e o cálculo de um desconto máximo que deixa o projeto viável”, disse o deputado.
Para Sergio Souza, o modelo híbrido e o modelo proposto pelo Paraná são semelhantes. “Quando o governo federal retirou a outorga, prevendo que 100% do valor arrecadado no desempate será reinvestido nos contratos, ele criou um valor de garantia semelhante à caução. A única diferença é o teto do desconto, mas o valor de desempate também pode ser utilizado para reduzir mais a tarifa. Então, a diferença é pequena. Mas seguimos defendendo a menor tarifa, com garantia de investimento. Se criar uma regra de quanto maior o desconto, maior a garantia, está pronto, deixa o pessoal dar o desconto que quiser”, disse.
O deputado comentou que Tarcísio Freitas não deu como definido o modelo híbrido, afirmando que a proposta paranaense está sendo analisada. “É claro que ele defende o modelo que propôs, mas deixou claro que está aberto a opiniões e, inclusive, tem ido ao Paraná debater com o setor privado”.
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