As conversas sobre o possível “voto útil” no senador Alvaro Dias (Podemos) para derrotar Sergio Moro (União Brasil), negadas oficialmente, mas admitidas nas discussões internas, marcaram os bastidores do comício do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Curitiba. Candidatos e lideranças partidárias da federação PT/PV/PC do B aproveitaram o encontro com todos os caciques petistas para cobrarem um alegado abandono da candidatura de Rosane Ferreira (PV) ao Senado. E o debate chegou ao palanque da Boca Maldita com o discurso da presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, que disse que além de eleger Lula e Requião, o eleitor paranaense precisa derrotar Sergio Moro, mas não pediu voto em Rosane Ferreira.
Aproveitando o contexto da volta de Lula a Curitiba, cidade onde esteve preso por 580 dias, Gleisi falou que a recepção do público ao ex-presidente era sua redenção na cidade, “que não é a República de Curitiba” e aproveitou para criticar Moro, juiz que decretou a prisão de Lula. “Este estado dará a maior derrota para Sergio Moro. Temos que assumir aqui o compromisso de derrotar Sergio Moro nas urnas. Sergio Moro não será senador pelo Paraná. Ele tentou ser candidato por São Paulo, porque acha o Paraná muito pouco para ele, mas foi escorraçado de lá pela Justiça Eleitoral. E, aqui no Paraná, vai ser o voto do povo que vai escorraça-lo”, disse a deputada, sem afirmar, nesta declaração que a opção do PT para derrotar Moro é Rosane Ferreira ou se o “compromisso” para isso inclui votar até em um adversário histórico como Alvaro. Apenas no final do discurso, Gleisi pediu para que os militantes criem comitês Lula, Requião e Rosane e concluiu dizendo que “O Brasil e o Paraná voltarão a ser feliz com Lula, Requião e Rosane”.
Rosane Ferreira também discursou no palanque da Boca Maldita. Mesmo candidata ao Senado, foi uma das que menos falou (3min40) e disse que estava vivendo o dia mais importante da sua trajetória política, por estar participando de um ato por Lula. “Todos estamos aqui por você. E obrigado por não desistir do Brasil. Estamos por aqui para ouvi-lo por que graças a você sabemos que podemos acreditar no Brasil”. Sobre a sua candidatura em si, a ex-deputada disse, apenas, que ao lado de suas suplentes, Professora Marlei (PT) e Elza Campos (PC do B), vão “ressignificar a palavra Senado”. “Para nada dar errado, mulheres no Senado”, concluiu a candidata, que promete um mandato coletivo com suas suplentes em caso de eleição.
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