O debate em praça pública organizado nesta terça-feira, na Praça da Espanha, ao lado da casa do prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), reuniu praticamente todos os candidatos de centro-esquerda e esquerda, além de Fernando Francischini (PSL), mas a ausência do deputado estadual Goura (PDT) foi sentida e criticada por seus adversários, que queriam transformar o evento em um manifesto do maior número de candidatos pela necessidade de debates e em um apelo para que haja segundo turno nas eleições municipais deste ano.
“Eu não entendi, até agora, por que o Goura não veio. Isso me causa bastante estranheza e preocupação, porque a tradição do Goura, como outros quadros do PDT, é de participação no debate, de fazer essa discussão, de estar junto com a população, confrontando o prefeito que está tentando calar a democracia”, criticou o candidato do PT, Paulo Opuszka. “PT, MDB, PCdoB e PDT têm obrigação de estar juntos em um momento como esse. Porque em todos momentos de transformação da democracia do Brasil esses partidos estavam juntos. Quando a democracia está em xeque, os partidos que são democráticos precisam estar juntos”, emendou.
Organizador do evento, o candidato do MDB, João Arruda, também lamentou a ausência do pedetista. “Surpreendeu muito, porque o candidato que apresenta proposta em torno da renovação da política, do ambiente democrático, da participação popular deixar de participar de um evento como esse é decepcionante. Ele simplesmente falou que não viria porque tinha outros compromissos. Isso aqui era o momento de todos pararem com sua campanha para vir defender a democracia e o que é mais sagrado em uma eleição que é o debate de ideias”, comentou.
A assessoria da campanha de Goura informou que o deputado não participou do debate porque estava em sessão na Assembleia Legislativa do Paraná. Através da assessoria, Goura informou que se convidado para novos debates, tentará participar, se conseguir conciliar com outros compromissos e agenda de campanha. “Temos todo o interesse em debater os problemas da cidade de Curitiba", afirmou. Os oito candidatos que participaram do debate desta terça combinaram a realização de um novo encontro em frente à Prefeitura e outro na Praça Santos Andrade.
Candidatos debatem na frente da casa do prefeito, em horário em que Greca estava na Prefeitura
O evento desta terça-feira, na Praça da Espanha, teve o simbolismo de chamar o prefeito Rafael Greca (DEM) para o debate. Após a ausência de Greca do debate promovido pela BandTV, do cancelamento dos outros debates em televisão aberta e da recusa do prefeito em participar de encontros promovidos por entidades de classe, seus adversários decidiram organizar um debate na frente da residência do prefeito, “para ver se ele desce de seu apartamento e também participa”, provocou João Arruda, ao anunciar a realização do encontro.
A data e horário escolhidos, no entanto, impedia que a provocação do emedebista se confirmasse. Como não se licenciou do cargo para dedicar-se exclusivamente à campanha de reeleição, Greca cumpria expediente na Prefeitura no momento do debate. “Não sei se ele não está em casa não, porque ele costuma dar uma dormidinha depois do almoço”, ironizou Arruda, ao final do evento. “Mas é claro que queremos debater com o prefeito e, se ele estiver disposto, organizamos um debate em horário e local oportuno para ele”, acrescentou. “Não é possível que um prefeito se esconda em seu apartamento durante todo o período eleitoral, só apareça em seus programas de TV, sem se comprometer com o plano de carreira dos servidores públicos, sem explicar situações como a dos repasses para as empresas do transporte coletivo, sem explicar os contratos abusivos na coleta de lixo, na ICI Informática. Nós precisamos saber tudo isso. A campanha não é só a apresentação de candidatos e a tentativa de conquista de votos. É o momento de prestação de contas de cada candidato, principalmente de quem tentar a reeleição, de quem já administrou a cidade por quatro anos”, finalizou.
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