O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) evitou, nesta segunda-feira, comentar as denúncias de corrupção na obtenção de licenciamento ambiental para a construção do Porto de Pontal do Paraná, no litoral do estado, investigadas pela Operação O quinto ato, da Polícia Federal. Questionado sobre o caso em coletiva de imprensa, o governador disse tratar-se de um problema federal, envolvendo o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e a empresa responsável pela instalação do porto (Porto Pontal Paraná Importação e Exportação SA), em trâmite de licenças concedidas antes do início de seu governo. No entanto, Ratinho Junior afirmou que pretende dar sequência ao projeto de construção da Faixa de Infraestrutura do Litoral independente da autorização para construção do porto.
“A estada é para atender a cidade. Se vai ter porto ou não vai ter porto, para nós não interessa. Claro que seria bom ter algum tipo de infraestrutura no local, para gerar emprego. Mas nós queremos atender o litoral e essa obra faz parte do projeto de desenvolvimento do litoral, que tem a orla de matinhos, a ponte de Guaratuba, a JK (Juscelino Kubitschek) em Matinhos, que já começamos a duplicação e temos recursos já para fazer Paranaguá a Pontal. É um conjunto de investimentos que temos para o litoral do nosso estado”, disse.
A Faixa de Infraestrutura compreende a implantação de uma rodovia de 23 quilômetros (PR-407), paralela à PR-412, ligando Praia de Leste a Pontal do Sul, além de canal de drenagem, linha de transmissão de energia elétrica, gasoduto e um ramal ferroviário. Por passar por áreas de preservação da mata atlântica, o projeto é contestado, inclusive judicialmente, por entidades ambientais.
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