Em entrevista coletiva concedida em Ponta Grossa, onde participou da inauguração do prédio anexo do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, na Universidade Estadual de Ponta Grossa, e da assinatura da ordem de serviço para a construção do Condomínio do Idoso, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) também anunciou que determinou à Controladoria Geral do Estado e à Polícia Civil que investiguem a decisão do Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná de cancelar o concurso para a Polícia Civil, previsto para ontem, no dia da realização da prova.
“Lamentamos o que aconteceu no dia de ontem. Todos nós, inclusive o governo do estado, fomos pegos de surpresa com o anúncio do cancelamento. Já mandei a Controladoria Geral do Estado abrir uma sindicância. A Polícia Civil também vai abrir uma investigação e eu também vou enviar ofício para a que a Polícia Federal também abra investigação. Queremos saber se foi irresponsabilidade, incompetência ou se foi uma sabotagem contra os participantes do concurso e contra o governo do estado”, declarou.
Com mais de 100 mil inscritos, o concurso para a Polícia Civil foi cancelado pelo Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (organizador da prova) na madrugada do último domingo (21) - a prova estava marcada para as 13 h do mesmo dia. Mais da metade dos inscritos veio de fora do estado apenas para prestar a prova. Todos foram surpreendidos com o cancelamento. O Núcleo de Concursos da UFPR alegou falta de segurança sanitária para a realização da prova.
Gasolina e pedágio
Ratinho Junior ainda foi questionado sobre a política de preços de combustíveis e a proposta do presidente Jair Bolsonaro de reduzir o ICMS (imposto de arrecadação estadual) para conter o aumento da gasolina e do diesel. “Diferente daquilo que alguns pensam, preço de combustível é dólar. A questão tributária tem que ser feita em cima de uma reforma tributária. Não adianta tirar da bomba e colocar na distribuidora, porque se subir o dólar, vai aumentar do mesmo jeito. Tem que ser uma política de câmbio. E acho que, por isso, o presidente Bolsonaro está tentando mudar a diretoria da Petrobras, para repensar essa política de preços do combustível. Temos que trabalhar para a economia avançar, que o dólar fique estabilizado e que tenhamos uma reforma tributária que faça com que tenhamos uma tributação mais justa, mas sem penalizar os estados, que precisam desta arrecadação para honrar seus compromissos”.
Sobre o pedágio, o governador repetiu que defende um modelo com preço justo e garantia de obras, e que será o debate com a sociedade que determinará o melhor modelo. “Vamos discutir isso com a sociedade. É importante registrar que a concessão, quem vai fazer é o governo federal. Mas as audiências públicas do governo federal não começaram. E é na audiência pública que tanto a sociedade e o Estado poderão fazer as sugestões. Estamos conversando com vários técnicos do Ministério da Infraestrutura e já fizemos nossas exigências: tem que baixar o pedágio, tem que ter obra e tem que ser na Bolsa de Valores para que empresas picaretas não possam participar. Temos que ter seriedade neste processo para que o paranaense não fique mais 30 anos com esse modelo que está aí”.
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