Curitiba está em lockdown desde a meia-noite do último sábado (12), mas só na noite desta segunda-feira (15), o governo do estado se pronunciou sobre o decreto do prefeito Rafael Greca (DEM), que colocou a cidade sob bandeira vermelha e fechou todas as atividades não essenciais. Após a reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec), em que os municípios da Grande Curitiba também decidiram aderir a medidas mais restritivas, o Governo do Estado divulgou uma nota de apoio.
“O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, apoia as medidas restritivas que serão adotadas pelos prefeitos anunciadas em reunião da Associação dos Municípios da Região Metropolitana (Assomec) nesta segunda-feira (15), seguindo a decisão de Curitiba”, diz a nota, que lembra que o decreto estadual com medidas de contenção também continua em vigência. “A Secretaria de Estado da Saúde abriu mais de 4 mil leitos e vem fazendo um grande esforço para ampliar ainda o que for possível. No entanto, a abertura de leitos não é a garantia para que as pessoas deixam de manter as medidas e cuidados sanitários. É necessário também que o Ministério da Saúde envie mais vacinas para que a aplicação das doses seja acelerada e os paranaenses imunizados rapidamente”, conclui o texto.
A ação unificada para a Região Metropolitana de Curitiba era vista como essencial para o sucesso das medidas restritivas adotadas pela capital. O Comitê de Saúde da prefeitura via a manutenção da circulação de pessoas na Região Metropolitana e a possibilidade de os curitibanos se deslocarem para municípios vizinhos caso o comércio e outros serviços permanecessem abertos nas demais cidades como um fator comprometedor para a redução real das contaminações na cidade.
Na noite de sexta-feira, antes de decretar o lockdown, Rafael Greca chegou a procurar, sem sucesso, o governador Ratinho Junior para discutir uma ação conjunta. Após o decreto, esperou, também, uma manifestação de apoio do governo, que só veio nesta segunda-feira.
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