O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) exonerou, na última semana, 429 funcionários de cargos comissionados da estrutura do governo. O decreto, publicado sem alarde no Diário Oficial da última segunda-feira (11) pegou de surpresa a todos os trabalhadores do Palácio Iguaçu e, até, aos secretários estaduais, chefes de muitos dos servidores demitidos. Na ocasião, a explicação ficou por conta da Secretaria de Estado da Administração e Previdência, que, em curta nota, justificou as exonerações como uma medida de reestruturação do governo e corte de gastos. Mas, em uma semana, grande parte das exonerações já foi revertida.
Na própria segunda-feira, o governador começou a ouvir queixas e sofrer pressão dos secretários estaduais e diretores de autarquias que perderam seus funcionários de confiança. E, desde o dia 12, vêm sendo publicados decretos que “tornam sem efeito” algumas exonerações. Começou com 13 servidores do Detran-PR, na terça-feira. Na quarta-feira, foram revertidas 59 das 61 exonerações da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho e, na quarta-feira (14), mais de 200 exonerações foram tornadas sem efeito. Assim, dos 429 comissionados exonerados para “gerar economia”, 357 (mais de 83%) tiveram a exoneração revertida.
A coluna procurou a Secretaria de Estado da Administração e Previdência, que informou que, desta vez, as explicações ficariam a cargo da Casa Civil. Na Casa Civil, no entanto, ninguém deu explicações, alegando estarem todos envolvidos com a chegada da vacina contra o coronavírus no Paraná. No Palácio Iguaçu, também não houve comentários. Secretários que tiveram as demissões de seus funcionários revertidas afirmaram que não receberam explicações detalhadas sobre o ocorrido.
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