No reinício dos trabalhos da Câmara, Greca critica falta de repasses federais para obras

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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), participou nesta segunda-feira (2) da sessão de abertura do período legislativo do segundo semestre na Câmara Municipal de Curitiba. Prestando contas sobre os primeiros seis meses de seu segundo mandato e apresentando os projetos para a sequência do ano, o prefeito criticou a falta de apoio do governo federal para obras de infraestrutura: “o Brasil inteiro dá e Brasília tira”, criticou o prefeito.

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Greca abordou a questão ao comentar as obras em transporte coletivo realizadas e planejadas pela prefeitura. “Não adianta sonhar com o metrô, já que em dois anos o governo federal mandou apenas R$ 9 milhões para Curitiba. Sonhar com o metrô seria criar um buraco interminável e um rombo nas finanças insustentável. Para comparar, o governo Temer mandou R$ 189 milhões. Faça-se o registro para que se perceba que o Brasil inteiro dá e Brasília tira”, declarou. À coluna, a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Curitiba informou que o comentário do prefeito se referia ao fato de que dos R$ 250 milhões em projetos enviados ao governo federal, houve a autorização, apenas, de R$ 9 milhões para as obras no terminal do Tatuquara.

Greca disse que Curitiba inicia o semestre com grandes projetos estruturados, como a implementação de 26 estações tubo do BRT Norte-Sul, a mudança da matriz energética pra veículos elétricos no corredor Leste-Oeste e no novo Inter 2, o avanço das obras da Linha Verde e do Plano Cicloviário. “Num ano marcado pela resistência da pandemia, conseguimos fazer nossa carteira de obras chegar aos atuais R$ 2,6 bilhões em projetos em andamento. Um desempenho extraordinário, fruto de um trabalho de base intenso, que nos traz recursos de fontes internacionais, como o BID, a AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento) e o NDB - o banco dos Brics, além de recursos próprios do município e de financiamentos com a Caixa e o Banco do Brasil”, disse.

O prefeito afirmou que o legado do seu segundo mandato será as intervenções feitas no bairro da Caximba. “A cidade tem demandas urgentes em outras áreas. O principal legado desta gestão será o grande programa habitacional do bairro novo da Caximba e a pirâmide solar sobre o aterro sanitário. A maior intervenção socioambiental da história recente de Curitiba, para levar qualidade de vida para onde a vida foi deixada de lado: moradia digna, com ampla urbanização sustentável e infraestrutura de transporte e lazer. Curitiba deixará de ter uma ocupação irregular de condições desumanas e passará a ter um bairro digno”, disse o prefeito, informando já ter habilitado R$ 293 milhões pela Agência Francesa de Desenvolvimento para as obras, que incluirão, também, a pirâmide solar com produção de energia fotovoltaica sobre a área onde funcionava o aterro sanitário da Caximba.

Roger Pereira

Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná, começou a cobrir a política paranaense em 2005, pelo jornal O Estado do Paraná. Desde então passou pelas redações de diversos veículos locais e foi correspondente de veículos nacionais, sempre na cobertura política. Ingressou na Gazeta do Povo em 2020.

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