O prefeito de Curitiba Rafael Greca, candidato à reeleição pelo DEM, rebateu as acusações feitas pelo adversário Fernando Francischini (PSL) sobre a suposta desapropriação de terrenos de sua família no programa de drenagem da cidade incluído no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, do governo federal. Em nota, enviada à imprensa nesta sexta-feira (6), Greca classificou a denúncia de Francischini como uma "ação repleta de mentiras" e disse que as medidas judiciais cabíveis já estão sendo tomadas.
O prefeito confirmou, no entanto, que um dos terrenos desapropriados no programa pertencia a seus familiares, bem como citou que outros terrenos de seus parentes foram alugados para dar suporte à obra. Na avaliação da campanha do prefeito, no entanto, sem que houvesse irregularidade nos contratos.
Leia a nota na íntegra:
"Em uma ação repleta de mentiras, campanha de opositor procura vincular obras de macrodrenagem (contra enchentes, portanto) a um inexistente benefício à família do prefeito Rafael Greca.
As medidas judiciais cabíveis estão em andamento, de forma a responsabilizar adequadamente a veiculação de desinformação que procura deliberadamente confundir os eleitores nesta reta final da eleição municipal em Curitiba.
Misturando dados a fim de induzir uma suposta irregularidade, a peça diz que a obra desapropriou “muitos" terrenos pertencentes à família do prefeito. Também dá a entender que os valores envolvidos somam R$ 521 milhões.
A verdade do caso é a seguinte.
R$ 521 milhões é o valor de toda a carteira de obras de macrodrenagem da gestão Greca, que destravou financiamentos e está promovendo melhorias fundamentais na cidade.
São 28 obras já finalizadas ou em andamento, espalhadas por toda a cidade.
A obra apresentada pelos opositores está sendo feita no Rio Pilarzinho, no bairro Bom Retiro, desde junho de 2020. Ela vai resolver problemas de alagamentos que remontam há pelo menos 1989.
O custo da obra, realizada por meio de licitação pública, é de R$ 9,1 milhões.
O trecho do rio, que registra problemas crônicos de alagamentos, está recebendo uma estrutura de contenção, de maneira a reduzir o acúmulo de água das chuvas — e portanto as enchentes na região.
A intervenção, de grande porte, está sendo feita ao longo de 920 metros. Para poder implementá-las foi necessário desapropriar seis imóveis.
Apenas um desses imóveis pertence a familiares do prefeito.
O processo para execução das obras começou em 2011, mesmo ano em que moradores da região chegaram a fazer um abaixo-assinado solicitando que a prefeitura resolvesse o problema.
Os estudos das obras de engenharia começaram a ser feitos em 2002. Em 2009, deu-se início à busca por financiamentos — e a obra entrou para o PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.
As desapropriações foram definidas na gestão anterior (2013-2016) e efetivadas nesta gestão, que retomou e viabilizou a obra.
O preço do terreno (cerca de R$ 400 mil) foi definido com base em critérios técnicos e está dentro dos parâmetros de mercado.
Outros terrenos
A peça publicitária do candidato da oposição também diz que a prefeitura estaria usando terrenos pertencentes à família de Greca sem ainda ter efetivado a compra dos mesmos.
Trata-se de mais uma tentativa de indução a erro. Os terrenos mostrados ficam próximos às obras.
Como toda grande obra pública, é necessário ter espaço para abrigar maquinário (muitos de grande porte, como retroescavadeiras), equipamentos e materiais. Terrenos próximos são normalmente locados para este fim. Foi o que aconteceu na obra do Bom Retiro. O uso dos terrenos foi firmado mediante contrato de aluguel feito pela empresa vencedora da licitação."
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