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Roger Pereira

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A política do Paraná em primeiro plano

Lei de Diretrizes Orçamentárias

Fazenda trabalha com cenário de encolhimento do PIB paranaense em 2022

Queda na safra por conta da estiagem reflete no PIB estadual. (Foto: Confederação Nacional da Agricultura/Wenderson Araújo)

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O anteprojeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 prevê R$ 2,5 bilhões em despesas ainda sem previsão de receitas para cobri-las. É a segunda vez que a Secretaria de Estado da Fazenda apresenta uma LDO deficitária. A previsão pessimista de arrecadação tem sido a marca do atual governo que conta, assim, com um acréscimo nas receitas para saldar esses gastos não contemplados no Orçamento inicial. Mas na LDO deste ano, um dado chamou a atenção na justificativa da estimativa modesta de receitas: o Estado prevê PIB (Produto Interno Bruto) negativo em 2022.

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“Expostos os fatores que podem afetar os agregados macroeconômicos nacionais em 2022 e 2023, chama-se a atenção para as expectativas do comportamento da economia paranaense nos exercícios em questão. Primeiramente, destacam-se as projeções do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) para o PIB do estado entre os anos de 2020 e 2025. Destarte, em sentido contrário das expectativas para o Brasil, denota-se que para 2022 o Ipardes estima uma retração econômica de -1% em relação a 2021, cujo crescimento estimado foi de 3,9%, após o processo de recuperação dos efeitos da pandemia”, cita um dos anexos apresentados pelo governo junto com o anteprojeto, lembrando que a projeção para o PIB nacional é de crescimento de 1,4% a 1,6% neste ano.

Dentre os fatores que, de acordo com a Secretaria da Fazenda, explicam a queda do PIB estadual estão os efeitos da estiagem sobre a produção agropecuária. “Considerando apenas a soja, principal item da pauta agrícola do Estado, estima-se um recuo de -35,2% da produção no presente exercício comparativamente a 2021, segundo o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB)”, sustenta o anexo da LDO.

Ainda por conta do regime de chuvas inferior aos níveis históricos, o Estado prevê impactos significativos na produção e no custo da energia. “Na projeção do PIB do atual exercício foi considerada ainda uma diminuição do ritmo de crescimento da indústria de transformação, não obstante a preservação de resultados positivos (...) No modelo utilizado para a projeção do PIB de 2022 foram imputadas variações reais positivas moderadas do comércio e dos serviços, refletindo, por um lado, a gradual recuperação do nível de atividade posteriormente aos baixos níveis observados durante a fase mais aguda da pandemia, embora limitada, pelo lado oposto, pela preocupante condição da absorção doméstica”, sustenta o Ipardes, que prevê para 2023, crescimento de 3,5% no PIB, “derivado principalmente de uma base de comparação deprimida referente a 2022, considerando ainda um quadro de relativa normalidade climática”.

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