Único deputado paranaense remanescente no PSB, que perdeu, durante a janela partidária de março, seus cinco deputados estaduais e o deputado federal Aliel Machado (agora no PV), Luciano Ducci foi alçado a presidente estadual do partido e, além de tentar reconstruir as chapas da legenda para a eleição de outubro, conduz as discussões sobre alianças no Paraná. À coluna, Ducci garante apoiar o projeto nacional do partido, com a indicação de Geraldo Alckmin para a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas descarta apoiar Roberto Requião (PT) no pleito estadual. Lembrando que Requião chegou a negociar filiação ao PSB antes de ingressar no PT, Ducci afirmou que se fosse para o partido apoiar o ex-governador, Requião estaria, hoje, filiado ao PSB.
“A decisão nacional está tomada, o PSB vai caminhar junto com o PT na eleição presidencial. E todos os estados vão trabalhar por essa candidatura. Mas essa aliança não será repetida no Paraná. Aqui, a condução está por conta do diretório estadual. Essa conversa no plano nacional não tem nada a ver com Requião”, disse, para depois já descartar o apoio ao pré-candidato petista ao governo: “Se a gente tivesse alguma chance de ir com o Requião, o Requião teria se filiado ao PSB”.
Com o apoio a Requião descartado, Ducci afirmou que a aliança local do PSB só será definida em julho, durante as convenções. “Como ficamos sem deputado estadual, não precisamos nos posicionar agora em relação ao governo do Estado, em sermos ou não base do governo Ratinho. Então, seguiremos montando nossas chapas, trabalhando nossos pré-candidatos e, na convenção, analisaremos as propostas que nos forem apresentadas”, disse.
Luciano Ducci lamentou a perda dos seis deputados durante a janela partidária, mas atribuiu as saídas a decisões pessoais (em conjunto, no caso dos deputados estaduais) com foco na estratégia eleitoral. O deputado disse que, desde então, buscou novas filiações ao partido, atraindo ex-prefeitos e antigos candidatos a deputados para montar uma chapa que, segundo ele, terá o objetivo de eleger dois deputados federais e dois deputados estaduais em outubro.
“É um desafio: reconstruir uma bancada federal e estadual. Mas é bom reestruturar o partido no estado inteiro, que estava, de certa forma, desorganizado. E com identidade: estou no partido há 25 anos, desde 1997, todas as eleições que disputei na minha vida foi pelo PSB. Então, dá para entender que tenho certo alinhamento com a condução que o partido vem dando em nível nacional”, concluiu.
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