Marcado pela declaração na entrevista ao Jornal Nacional de que parte do agronegócio brasileiro seria fascista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a comentar sua relação com os grandes proprietários de terra no comício que fez em Curitiba, neste sábado (17). Lula disse ter profundo respeito pelo agronegócio, mas reconheceu que, por suas posições políticas, os proprietários de terra não gostam dele.
“Eu tenho profundo respeito pelos produtores rurais do agronegócio. Tenho profundo respeito pelo que eles produzem por esse país. Mas quero dizer que não haverá mais invasão na Amazônia, não haverá mais desmatamento, não haverá mais corte de madeira ilegal, não haverá mais garimpo ilegal neste país. O país tem terra degradada e gado pode ser criado em muita quantidade em pequeno espaço. Porque você já pode criar gado confinado”, declarou Lula.
Ao elogiar o candidato do PT ao governo do Paraná, Roberto Requião, Lula também tocou no assunto. O ex-presidente afirmou que ficava orgulhoso “quando algum juiz tomava uma decisão para que o Requião desocupasse, despejasse ou o povo pobre que estava sem casa ou os sem-terra que estavam ocupando um terreno e o Requião tomava a decisão de não tirar. Ele não estava desrespeitando a lei, ele estava respeitando a vida, estava dizendo que é preciso saber o que é justo, aumentando muito meu orgulho por esse homem”. E disse que os proprietários de terra não gostam deles. “Eu lembro da briga dele contra os transgênicos aqui no estado do Paraná. Ninguém queria comprar essa briga, e ele brigava. Por isso, eu sei que tem alguns proprietários de terra que não gostam dele. Mas eles também não gostam de mim, não gostam da Rosane (Ferreira – candidata ao Senado da chapa), que é do Partido Verde”.
No final do seu discurso, Lula ainda destacou a presença, no palanque do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Paraná, Roberto Baggio. “Companheiro Baggio, eu quero que você saiba que a agricultura familiar vai voltar a produzir mais comida porque, se for necessário, o governo vai comprar. Eu tenho profundo respeito pelo grande produtor de soja, de cana, de milho. Mas se ele quiser comer um franguinho caipira, ele vai ter que comprar da pequena propriedade rural. Nós temos que conviver com os dois da forma mais tranquila. Não é possível ser inimigo, só precisamos aprender a conviver”, concluiu.
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