Texto-base do PLDO foi aprovado por 278 votos a 145 e 1 abstenção.| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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A repercussão negativa da aprovação, pelo Congresso Nacional, da ampliação do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões segue fazendo com que os deputados federais tentem se explicar quase uma semana após a votação. Como o artigo que praticamente triplicou o “fundão” foi incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias, quem votou pela aprovação da LDO acabou aprovando a ampliação da verba pública a ser utilizada por partidos nas eleições do ano que vem.

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Depois da divulgação da lista com a votação nominal de cada deputado paranaense, muitos procuraram a coluna ou foram a público declarar-se contra a ampliação do fundo, mesmo tendo votado a favor da LDO. Os deputados Luiz Nshimori (PL) e Felipe Barros (PSL) apresentaram declarações de voto por escrito em favor do destaque apresentado pelo Partido Novo suprimindo o artigo sobre o Fundo Eleitoral da LDO, assim como fizeram Aline Sleutjes (PSL) e Paulo Martins (PSC). O destaque não foi colocado em votação pela Mesa da Câmara dos Deputados, sendo derrotado em votação simbólica. “Informo que não houve a possibilidade de registrar o voto por se tratar de  votação simbólica. Dessa forma , considero primordial esclarecer  o meu posicionamento na matéria por se tratar de grande interesse público. Não há justificativa plausível para  aumentar valor de recursos para o financiamento das campanhas eleitorais em 2022, motivo pelo qual manifesto ser contrario o referido dispositivo do PLN 3/2021”, escreveu Nishimori em sua justificativa de voto.

Outros três deputados paranaenses se declararam contrários ao aumento do fundão mesmo tendo votado a favor da LDO, justificaram que a LDO era muito mais ampla e precisava ser aprovada e dizem que contam, agora, com a promessa de veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “A Lei de diretrizes orçamentárias tinha que ser votado antes do recesso. O fundo eleitoral estava junto, não tinha como ser retirado para votação. Porém agora tem como fazer as mudanças necessárias da LDO, incluindo o fundo eleitoral. Tudo tem uma razão, as mídias criticam para causar tumulto”, escreveu Aroldo Martins (Republicanos). “Na última hora enfiaram o ‘fundão eleitoral’ no meio da LDO, que é a Lei do Orçamento. A esquerda votou contra para paralisar o governo e acusou os deputados que votaram a favor de votarem a favor do fundão. Sempre fui contra o fundão. Votei contra sua criação em 2016 e novamente contra em 2019. O ‘fundão eleitoral’ não passará. Será vetado e retirado do orçamento”, disse Evandro Roman (Patriota).

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Luizão Goulart (Republicanos) também escreveu uma justificativa para sua votação. “Não sou favorável ao aumento do Fundo Eleitoral, principalmente nesse momento inoportuno de tantas dificuldades e crises enfrentadas. Não faço parte da Comissão Mista de Orçamento, colegiado que aumentou o valor do fundo e o incluiu na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022. Quando a proposta chegou ao plenário, não tivemos a oportunidade de votá-la de forma separada da LDO. O Plenário só confirmou o relatório vindo da comissão. Infelizmente, não podíamos separar um do outro. Votar contra a LDO seria deixar o Governo sem orçamento e capacidade de investimento, e assim, os problemas do país seriam ainda mais agravados”, afirmou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]