Diante da posição dos três senadores paranaenses (Alvaro Dias, Flávio Arns e Oriovisto Guimarães – todos do Podemos) de não assinarem o requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades no Ministério da Educação (MEC), o ex-juiz federal Sergio Moro (União), que pode disputar uma cadeira no Senado nas eleições de outubro, declarou-se favorável à abertura da CPI.
Moro concordou, no entanto, com o risco levantado pelos senadores paranaenses, de que uma CPI no período eleitoral pode acabar se transformando em palanque político para seus proponentes (opositores do presidente Jair Bolsonaro – PL) e sugeriu que alguns autores do requerimento, como o senador Randolfe Rodrigues (Rede), não participe da comissão, por estar na coordenação da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Sou favorável à investigação de toda suspeita fundada sobre crimes praticados por poderosos, então não tenho como ser contrário à CPI. Mas espero que, se criada, não vire apenas um palanque partidário e para isso os integrantes não podem ser originários apenas da oposição ao Governo. Randolfe e Renan Calheiros, por exemplo, deveriam se afastar da eventual CPI”, disse à coluna o ex-ministro da Justiça.
"Sobram argumentos", diz senador Jorge Kajuru sobre CPI do MEC
O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) criticou, em pronunciamento nesta terça-feira (28), o argumento de que o pedido de instalação da CPI para investigar suspeitas de corrupção no Ministério da Educação seja eleitoreiro, conforme a Agência Estado.
"Quer dizer que por estarmos a três meses da eleição, pode-se roubar? Pode-se fazer o que quiser no Executivo, sem investigação do Poder Legislativo? CPI não tem hora, ela precisa ter motivação, e neste caso sobram argumentos. Há muito a ser investigado para detalhar mais ainda o modus operandi", afirmou.
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