Há exatamente um mês, em 11 de abril, o senador Alvaro Dias (Podemos) deu um ultimato ao governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), afirmando que, se não houvesse sinalização do chefe do Executivo paranaense sobre a manutenção da aliança, o Podemos começaria a discutir o lançamento de candidatura própria ao governo do Paraná. O prazo venceu sem que houvesse “nenhuma iniciativa de conversa”, segundo o senador. Mas a postura dele também mudou e Alvaro Dias diz, agora, que a questão só será definida em julho, no período das convenções, uma vez que o Podemos ainda não definiu sua estratégia nacional, que pode passar, mais uma vez, pela candidatura do senador paranaense à presidência da República.
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“Agora eu estou dedicado mais ao trabalho no Senado, esqueci um pouco a eleição no Paraná. Tem um tempo até julho, quando são as convenções. Eu tenho uma responsabilidade partidária grande, porque iniciei, há 5 anos, a construção deste partido. Eu era o único senador, construímos, hoje, uma das maiores bancadas, e parte disso se deve à mensagem que passamos na eleição para presidente em 2018. Então, hoje, o partido está analisando se tem candidato próprio à presidência e o meu nome é o sugerido pela direção nacional”, disse.
Segundo o senador, depois da saída do ex-juiz federal Sergio Moro (União) do partido, o Podemos reavaliou sua estratégia eleitoral. “A direção do partido defende que um partido em construção precisa apresentar seu projeto ao país, como fizemos em 2018. Neste momento, o partido saiu da mídia, exatamente por não ter um porta voz designado para o processo eleitoral. E a decisão sobre o Paraná será em decorrência dos rumos que tomarmos nacionalmente. O fato novo da saída do Moro alterou um pouco nossa estratégia. Depois da saída do Moro tivemos os problemas da terceira via, que não conseguiu se entender, e tudo isso levou o partido a fazer novas avaliações”, afirmou. “Por isso, estamos monitorando os movimentos, em compasso de espera”.
Alvaro Dias não acredita que o partido esteja perdendo tempo e espaço de divulgação por deixar sua decisão só para julho. “Se analisarmos o que ocorreu com todos que se colocaram como pré-candidatos antes, vamos concluir que quem ainda não se lançou não perdeu nada. Porque os outros estão há um ano se reunindo, dando entrevistas, rodando o país e crescem igual rabo de cavalo, para baixo. Então, a minha estratégia é diferente. Depois das convenções, todos são iguais perante a lei e devem ocupar os mesmos espaços. Hoje, o noticiário negativo sobre candidaturas é maior que o positivo”, disse. “Em relação ao Paraná, a mesma coisa. As definições ocorrerão mesmo no período que antecede as convenções. Quem quiser se lançar pré-candidato ao Senado, tentar se construir, buscar apoios, viabilidade, tem todo o direito. Mas, antes de julho, é especulação, balão de ensaio. O jogo mesmo será jogado no período de convenções”.
Sobre as negociações com Ratinho Junior, Alvaro Dias resumiu: "Não houve mais nenhuma iniciativa de conversa. Estamos calmos, tranquilos, ele do lado de lá e eu do lado de cá".
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