Declaração de apoio, articulação com prefeitos, organização de manifesto. Eleitos no domingo, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e o futuro senador Sergio Moro (União) prometem ter papel importante na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição presidencial.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
“Neutro” no primeiro turno, por conta da candidatura de sua correligionária Soraya Thronicke, Moro já focava sua campanha no eleitor bolsonarista, afirmando “ter o mesmo inimigo” e direcionando mais ataques ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a seus adversários na disputa pelo Senado. Nesta terça-feira, dois dias após a confirmação de sua vitória nas urnas, Moro oficializou sua posição.
“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, postou, no Twitter, o senador eleito, que deixou o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro acusando o presidente de interferência na Polícia Federal.
Já o governador Ratinho Junior esteve com Bolsonaro desde o início da campanha. Sua equipe, no entanto, o instruiu a não explorar muito a proximidade com o presidente, uma vez que as pesquisas qualitativas indicavam que ele tinha boas intenções de voto até entre os eleitores de Lula. Agora, com a eleição estadual decidida, o governador promete empenhar-se na campanha de Bolsonaro. “Vou me dedicar como cabo eleitoral do presidente. Vou convidar os prefeitos que tenham esse alinhamento e que entendem que é importante a eleição do presidente Bolsonaro para o Paraná e para o Brasil para entrarem nesta companha comigo. Eu tenho buscado falar com alguns governadores que se elegeram no primeiro turno para ver aqueles que estão dispostos para a gente fazer um manifesto de apoio ao presidente”, declarou o governador, em entrevista à Gazeta do Povo.
O apoio de Moro e o empenho de Ratinho Junior na campanha são comemorados pelos articuladores da candidatura de Bolsonaro no estado. O presidente fez 55% dos votos no Paraná, contra 35% de Lula, mas a equipe acredita que essa vantagem ainda pode aumentar com a conquista de grande parte dos 8,57% de eleitores que votaram em Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União). Como Ratinho Junior fez 69,64% dos votos, eles acreditam que há boa margem de transferência de votos do governador para Bolsonaro, de eleitores que votaram em Ratinho e em outro candidato a presidente no primeiro turno.
O mesmo acontece com os eleitores de Moro, que a campanha bolsonarista aposta, não votarão em Lula. Como o candidato ao Senado de Bolsonaro era Paulo Martins (PL), que terminou a eleição com 29,12% dos votos, os articuladores do presidente acreditam que ele pode somar, a isso os 33,50% de Moro, tendo um potencial de superar 60% dos votos no Paraná. “Temos interlocutores designados, todas as conversas são possíveis e necessárias e todo o apoio é muito válido. Temos sim potencial de crescimento no Paraná e em todo o país”, disse o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná