Ricardo Gomyde com Ciro Gomes na convenção nacional do PDT.| Foto: Divulgação / PDT
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Chegando na eleição para o Governo do Paraná como “fato novo” no cenário eleitoral, o pré-candidato do PDT ao Palácio Iguaçu Ricardo Gomyde disse acreditar ter uma missão mais fácil que seu correligionário Ciro Gomes, lançado na última quarta-feira (20) para a Presidência da República, na busca por um lugar no segundo turno da eleição. Para Gomyde, a eleição no Paraná não está polarizada como a nacional.

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“Nacionalmente, a polarização é muito maior do que aqui no estado. Aqui não há polarização. Aqui existe uma candidatura que aparece muito bem na pesquisa e outra que aparece bem atrás. Então, a minha missão é bem mais fácil que a do Ciro”, disse. A missão, lembrou, passa por “roubar votos” de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) para que a eleição no estado tenha um segundo turno, já que, hoje, de acordo com a última pesquisa divulgada*, o atual governador levaria no primeiro turno. “Com a campanha começando, sendo poucos candidatos, podendo atrair a atenção da população, podendo fazer um bom debate, tenho certeza de que haverá um rearranjo dessas intenções de voto”, acrescentou.

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Gomyde disse que, apesar de seu nome ter sido anunciado na convenção nacional do PDT, diretamente por Ciro Gomes, não é uma imposição da direção nacional do partido, mas uma construção interna. “Internamente, todas as áreas do PDT estão em unidade pela candidatura própria, para estruturar o palanque do Ciro, pois qualquer outra alternativa colocaria essa estratégia em risco, e para apresentar ao Paraná uma alternativa ao que temos à disposição para votar. O deputado Goura, inicialmente, de forma democrática, manifestou preferência por montar, aqui, um palanque único de oposição ao atual governador, mas, ao final, tem participado desse esforço pelas candidaturas próprias, tanto a minha quanto a da professora Desiree Salgado para o Senado”, disse.

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Gomyde não acha que sai em desvantagem em relação a Ratinho Junior e Roberto Requião (PT), que estão desde o início do ano em pré-campanha, e aposta no fator surpresa para ganhar espaço na disputa. “O partido não estava parado. Estávamos em movimento, com reuniões semanais em diferentes regiões do estado. O PDT, ao longo do ano, correu o Paraná e elaborou o Plano Paraná, que é nosso programa de governo, que discutiu todos os assuntos e define caminhos na linha do pensamento do PDT, com discussões sobre o agronegócio, o meio ambiente, o pedágio, o porto de Paranaguá, os temas candentes do nosso estado. Consideramos estratégico lançar a candidatura na convenção nacional e esse fato novo pode nos beneficiar. Com outras candidaturas que já estão colocadas há muito tempo, e com a retirada do Cesar Silvestri, a única novidade, nesta eleição, é a minha candidatura”, apontou.

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Ao anunciar a pré-candidatura de Gomyde, na quarta-feira, Ciro Gomes se referiu “a um companheiro que vem sofrendo muita hostilidade no Paraná”. Questionado sobre a referência, Gomyde disse que a fala de Ciro ocorreu dentro de um contexto de que o Paraná é apontado como um estado conservador, o que para o pré-candidato ao governo, não se confirma.

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“Foi em um contexto em que alguém tinha se referido à candidatura do [Sergio] Moro e apontado o Paraná como um estado mais conservador. Foi em função disso. Eu nunca sofri nenhum tipo de hostilidade, pelo contrário. Mas ele quis dizer que o Paraná é um estado com dificuldades para quem tem uma opinião mais de centro-esquerda, mas isso não ocorre de fato. O Paraná já teve governador de centro-esquerda, candidato a presidente de esquerda já foi o mais votado aqui. O que tem que ter é planejamento e uma proposta adequada ao nosso estado e à nossa população. E isso eu tenho, o PDT tem e o Ciro, no projeto nacional de desenvolvimento, contempla toda essa discussão”, comentou.

A convenção estadual do PDT, em que a pré-candidatura de Gomyde será submetida aos demais membros do partido, está marcada para o próximo dia 30, em Curitiba.

Metodologia da pesquisa citada

*Pesquisa eleitoral encomendada pela Record TV para a Real Time Big Data, que entrevistou 1,5 mil pessoas presencialmente, entre os dias 19 e 20 de julho. A margem de erro do levantamento é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%, sob o registro na Justiça Eleitoral com o número PR-06745/2022.