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O Paraná teve um acréscimo de 17% em suas receitas correntes líquidas na comparação do exercício financeiro de 2021 com o de 2020 – o pior da crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, por conta da restrição a algumas atividades econômicas como medida preventiva.
A arrecadação do estado, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária em foco nos estados do Tesouro Nacional, subiu de R$ 45,57 bilhões para R$ 53,51. O resultado é o oitavo melhor entre os 27 entes federados do país.
A unidade da federação com maior crescimento na arrecadação foi o Rio de Janeiro, com 36%, mas o estado do Sudeste vinha de uma queda de 6% nas receitas no comparativo de 2020 com 2019. Roraima (21%), Alagoas (20%), Minas Gerais (20%), Bahia (19%), Mato Grosso (19%) e Goiás (18%) também tiveram crescimento superior ao do Paraná.
Segundo o Tesouro Nacional, o congelamento de despesas, fruto de contrapartida exigida pela União em troca de recursos financeiros para o combate à pandemia do Coronavírus, e a retomada da economia foram fatores que contribuíram para o resultado positivo.
Sem os recursos da União específicos para o enfrentamento da pandemia, o Paraná também diminuiu sua dependência do Governo Federal para a execução orçamentária. Em 2021, 77% das receitas do estado vieram de fontes próprias, enquanto 23% foram via transferências da União. Esse percentual chegou a 26% em 2020, com a queda nas receitas próprias do estado e o repasse emergencial de recursos federais para o combate ao coronavírus, o que evitou um resultado negativo nas contas estaduais naquele ano.