Ao analisar o quadro das pré-candidaturas ao Senado no Paraná e a possibilidade de lançar seu correligionário Guto Silva (PP) ao cargo, o deputado federal Ricardo Barros, principal liderança do PP no estado, colocou o nome de Sergio Moro (União Brasil) entre os candidatos, mas fez um adendo. Na opinião dele, o ex-juiz federal deveria ser considerado inelegível por causa do domicílio eleitoral. Imbuído por esse pensamento, Barros afirmou que seu partido pretende impugnar a candidatura de Moro, caso seja registrada junto à Justiça Eleitoral.
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“O partido pretende lançar o candidato Guto Silva ao Senado e aguarda a definição de outras candidaturas que se apresentam. A candidatura anunciada do PL, do Paulo Martins, da deputada Aline pelo Pros, também temos do senador Alvaro Dias, tem o Sérgio Moro que é candidato, mas que está inelegível, não tem domicilio eleitoral e nem filiação. Vamos aguardar, porque isso vai ter discussão, vai ter registro, impugnação”, disse Barros.
“O domicílio dele voltou para o Paraná, mas a filiação dele no União Brasil foi feita em São Paulo, lugar onde ele nunca esteve. Porque a sua ida para São Paulo foi impugnada. Então, a filiação dele ao União Brasil, em São Paulo, não é válida. Mas isso só se discutirá depois, se ele for homologado em convenção e pedir registro de candidatura, aí haverá eventualmente questionamento sobre a legitimidade da sua condição de ser elegível. Me parece que perdeu a condição quando se filiou fora do domicílio em que pretende disputar, como diz a lei”, argumentou.
Sobre eventual impugnação à candidatura, Barros afirmou que “isso é uma decisão que o partido só tomará se ele fizer o seu pedido de registro de candidatura. Ele sendo uma pessoa do mundo jurídico e sabendo que não pode concorrer, talvez não queira forçar a situação”. O PT já anunciou que também pretende impugnar a candidatura de Moro.
Na entrevista coletiva em que anunciou a pré-candidatura ao Senado, Sergio Moro comentou sobre eventuais impugnações. “Zero risco, zero receio de qualquer impugnação. Os fatos do direito estão do nosso lado. É surpreendente como é difícil para pessoas como eu entrar no mundo político. A todo momento existem tentativas de nos tirar da disputa no tapetão. As pessoas têm medo de concorrer contra a gente”.
A defesa de Moro e advogados eleitorais ouvidos pela coluna ressaltam que a filiação partidária é nacional e o indeferimento de domicílio eleitoral em São Paulo automaticamente devolveu o ex-juiz a seu domicílio anterior, o Paraná.
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