O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu, nesta quinta-feira (29) dois mandados de busca e apreensão em desdobramento da Operação Radio Patrulha. As ordens judiciais foram cumpridas em endereços do ex-secretário estadual de Assuntos Estratégicos, Edson Casagrande, e de um empresário ligado ao réu do processo criminal que corre na 13ª Vara Federal de Curitiba.
O objetivo da ação é colher possíveis provas sobre suposta interferência em avaliação de imóvel que já foi objeto de sequestro judicial em etapa anterior das investigações. “No processo da Rádio Patrulha, foi feito sequestro de bens para fazer o ressarcimento ao erário. Em relação ao Edson Casagrande, tem um imóvel em que se está discutindo, no processo, o valor dele. Foi determinada uma avaliação desse bem e o perito designado para fazer essa avaliação foi procurado por alguém, falando em nome do Casagrande, para afirmar que se a avaliação chegasse a um valor do interesse dele, eles pagariam os honorários que o perito estava pedindo, que é um valor elevado e que está sendo discutido no processo”, conta o coordenador do Gaeco de Curitiba, Denilson Soares de Almeida. “O perito procurou o juízo e informou que recebeu essa sondagem. Essa busca foi para apurar se isso realmente aconteceu e qual foi a pessoa que fez esse contato”, explicou.
A Operação Rádio Patrulha, deflagrada em 2018, investiga o direcionamento de licitações, mediante pagamento de propina, para a contratação das Patrulhas do Campo, conjunto de equipamentos utilizados para a manutenção de estradas rurais. Além de Edson Casagrande, são réus, no processo, o ex-governador Beto Richa (PSDB) e seu irmão, ex-secretário de Infraestrutura, José Richa Filho, entre outros.
A coluna não conseguiu contato com a defesa de Casagrande, mas segue aberta pra manifestações.
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