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Roger Pereira

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A política do Paraná em primeiro plano

"Sem politizar"

Ratinho Junior não assina carta de governadores a Bolsonaro sobre vacinação

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente Jair Bolsonaro (Foto: Dvulgação ANPR/Dvulgação ANPR)

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O Fórum Nacional dos Governadores enviou, na última quarta-feira, uma carta ao presidente Jair Bolsonaro com o título: "Solicitação. Manutenção do fornecimento externo de insumos para imunizantes. Covid-19". Ao todo, 16 governadores assinaram o documento que levanta preocupação quanto à necessidade de manutenção do fornecimento externo e insumos empregados na produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), não assinou o documento.

Na carta, os governadores solicitam ao presidente “que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos de países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, de modo a assegurar a continuidade do processo de imunização no país”. Eles pedem, também, estreitamento das conversas com a Rússia para avaliação e possível utilização da Sputnik V no Plano Nacional de Imunização.

Após iniciar a fase 1 de vacinação com as 6 milhões de doses da Coronavac importadas da China pelo Instituto Butantan, o país aguarda a chegada de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, que foi adquirida da Índia e, principalmente, a importação de insumos para que o Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz consigam iniciar a produção local, em larga escala, do imunizante.

A carta foi assinada pelos governadores do Alagoas, Renan Filho (MDB), do Amapá, Waldez Góes (PDT), do Ceará, Camilo Santana (PT), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Pará, Helder Barbalho (MDB), da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), do Piauí, Wellington Dias (PT), do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de São Paulo, João Doria (PSDB), e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).

Apesar de ter reservado R$ 200 milhões de seu orçamento para a compra de vacinas, o governo do Paraná não fez nenhum movimento para a aquisição de imunizantes, nem mesmo antes do lançamento do Plano Nacional, quando diversos governadores e prefeitos procuraram o Instituto Butantan manifestando interesse na compra de doses de vacina. Alinhado ao governo federal, Ratinho Junior e seu secretário de Saúde, Beto Preto, vêm defendendo o respeito ao Plano Nacional e a vacinação equânime em todo o país. E assim segue, apesar de todas as críticas de outros gestores estaduais à ineficiência da União até o momento.

Em nota, o Governo do Paraná afirmou que trata a questão das vacinas de maneira técnica, seguindo as orientações do Ministério da Saúde. "O Paraná está confiante no Plano Nacional de Imunizações (PNI), um dos melhores planos do gênero no mundo, que já foi iniciado, é democrático e permite que toda a população do país tenha acesso às vacinas, independente da condição financeira de estados e municípios.

A nota destaca que, caso haja necessidade, o Paraná tem verba em caixa – R$ 200 milhões – para fazer a compra direta de imunizantes. "O Estado entende que não é momento para movimentos que possam dar conotações políticas diversas e segue trabalhando tecnicamente para atender a população".

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