Eleitos em 2 de outubro governador e senador do Paraná, respectivamente, Ratinho Junior (PSD) e Sergio Moro (União) transformaram-se nos dois principais cabos eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado. Já acenando ao candidato do PL desde o primeiro turno, os dois principais vencedores das eleições paranaenses entraram na campanha bolsonarista de uma forma até mais ativa do que se esperava. E ambos têm potencial de transferência de votos ao presidente.
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Ratinho Junior foi reeleito governador do Paraná com 69% dos votos válidos – Bolsonaro fez 55% dos votos no estado. O que quer dizer que, no primeiro turno, houve uma parcela significativa do eleitorado que votou no governador e não votou no presidente. Houve, inclusive, o voto em Ratinho e em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Prometendo “conquistar votos no laço” para Bolsonaro, o governador assumiu o papel de coordenador da campanha do presidente no Paraná. Viajou o estado, reuniu prefeitos, participou de diversos eventos de campanha, mesmo durante o expediente.
Só nesta última semana, o governador participou de encontro com prefeitos e vereadores da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral; esteve no evento “Mulheres com Bolsonaro”, com a presença da primeira-dama Michele Bolsonaro, em Curitiba; e visitou Cianorte, para mais um encontro com as principais lideranças políticas da região. Nesta sexta-feira, Ratinho Junior ainda participaria de um encontro de ex-prefeitos em apoio a Bolsonaro.
Sergio Moro fez os primeiros acenos a Bolsonaro na reta final da campanha para o Senado, quando as pesquisas mostravam uma disputa ferrenha com Alvaro Dias (Podemos), que foi ganhando simpatia da esquerda como “voto útil” contra o ex-juiz da Lava Jato. No segundo turno, Moro assumiu um papel estratégico na campanha de Bolsonaro, participando ativamente de articulações diretas com o presidente. Foi o principal assessor de Bolsonaro no debate da Band e é aguardado para o debate Rede Globo nesta noite. Como surgiu para a política como possível nome da terceira via, Moro pode ter concentrado votos de eleitores que não optaram nem por Lula nem por Bolsonaro no primeiro turno, os quais espera, agora, transferir para o presidente.
Na campanha de Lula foram poucas as novas adesões no Paraná. Com a opção do MDB por liberar seus filiados, o principal novo aliado do PT no Paraná foi o PDT. Mas o partido teve um desempenho eleitoral muito aquém do esperado no estado, elegendo apenas um deputado estadual, Goura. Este vem participando ativamente da campanha de Lula, organizando evento entre seus apoiadores e fazendo manifestações políticas na tribuna da Assembleia Legislativa.
Além do reforço do PDT, as principais lideranças do PT têm se dividido entre as regiões do estado que representam para tentar conquistar votos para o ex-presidente, principalmente os deputados eleitos: Gleisi Hoffmann, Ênio Verri, Zeca Dirceu, Tadeu Veneri, Carol Dartora, Arilson Chiorato, Luciana Rafagnin, Professor Lemos, Requião Filho, Renato Freitas e Ana Julia.
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