Após descartar a compra de vacinas pelo estado, defendendo o Plano Nacional de Imunização, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, estiveram, nesta quinta-feira, na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para “buscar informações sobre a distribuição da vacina ao Paraná”. A Fiocruz tem parceria com AztraZeneca para a produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford no Brasil, a principal aposta do governo federal para a imunização da população brasileira.
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A Fiocruz informou que o protocolo de uso emergencial do imunizante será entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (8). Após a aprovação, o Paraná vai receber parte de 2 milhões de vacinas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. As doses deverão ser as primeiras aplicadas no país, junto com a Coronavac/Butantan.
Após a visita, o governador afirmou que a vacinação no Paraná deve começar em janeiro em profissionais de saúde e comunidades indígenas isoladas. A campanha respeitará os critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização (PNI). “O Paraná está pronto. Temos agulhas, seringas, praticamente dois mil pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegar nos municípios”, disse Ratinho Junior.
Ele destacou ainda o processo de regionalização dos serviços de saúde iniciado ainda em 2019 e disse que a Secretaria de Estado de Saúde já trabalha esta estratégia em conjunto com as prefeituras e as regionais há bastante tempo. “Estamos reafirmando esse modelo que é bem sucedido. Teremos toda a logística necessária para distribuir a vacina aos municípios, com todo o apoio necessário”.
A visita do governador à Fiocruz foi vista muito mais como uma agenda política que comercial, uma vez que o Governo do Estado defende o Plano Nacional de Imunização, que preconiza uma distribuição equânime das doses de vacina disponíveis no país por todo o território nacional. Ao visitar a Fiocruz e reafirmar apoio ao plano nacional, o governador dá uma resposta a um grupo de prefeitos que discordaram da postura do estado e buscaram acordos com o Instituo Butantan para a aquisição de doses da Coronavac. Os prefeitos das oito maiores cidades do Paraná, bem como o Consórcio de Saúde da Região Metropolitana de Curitiba, firmaram termo de cooperação com o Instituto Butantan.
A visita de Ratinho Junior e Beto Preto à Fio Cruz ainda aconteceu no mesmo dia que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou a eficácia de 78% nos testes em terceira fase da Coronavac e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que toda a produção de Coronavac pelo Instituto Butantan será adquirida pelo Ministério da Saúde e distribuída equanimemente para todo o país, dentro do Programa Nacional de Imunização, assim como a vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz, o que, em teoria, põe fim à “guerra das vacinas” e torna sem valor os convênios das prefeituras paranaenses com o Instituto Butantan, uma vez que a distribuição será nacional.
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