| Foto: Jonathan Campos / AEN
Ouça este conteúdo

Depois de assinar pela primeira vez uma carta dos governadores crítica ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), voltou à postura adotada anteriormente: o nome dele não está entre os 14 signatários de mais uma carta ao presidente, divulgada nesta quinta-feira (4). Desta vez, os governadores cobram "imediata adoção de providências para compra de vacinas contra Covid-19 junto a outros países e entidades internacionais".

CARREGANDO :)

A assinatura de Ratinho Junior na nota conjunta dos governadores na última segunda-feira (1) surpreendeu o mundo político, uma vez que o governador paranaense não havia aderido a nenhuma mobilização de governadores, de questionamento ou reivindicação ao governo federal.

Ratinho Junior assinou umas das manifestações mais contundentes dos governadores, em que eles questionam a divulgação, por Bolsonaro e pela Presidência da República, do total de repasses federais (incluindo os obrigatórios e constitucionais) para os estados, numa resposta à cobrança por mais recursos para o enfrentamento da Covid-19. Na nota, os governadores classificam a informação como distorcida e afirmam que o presidente busca o conflito no momento mais crítico da pandemia, quando os entes federados deveriam estar procurando a união para buscar soluções conjuntas.

Publicidade

Nesta quinta-feira (4), 14 governadores assinam uma nova carta para pedir o envolvimento dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores para obter, "em curto prazo", mais imunizantes.

No mês passado, ao não assinar cartas com teor semelhante, Ratinho Junior justificou que não queria politizar o enfrentamento à Covid-19 e nem a campanha de vacinação, que, segundo o governador, deve ser conduzida pelo Ministério da Saúde, dentro do Plano Nacional de Imunização. A assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu comentou que o governador mantém a postura em relação ao governo federal e à imunização e que só assinou a carta anterior, sobre os repasses federais, para questionar uma informação inverídica.