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Roger Pereira

Roger Pereira

A política do Paraná em primeiro plano

Pacto nacional

Ratinho Junior não vai a reunião com Pazuello, mas diz estar fechado com governadores

Ratinho Junior
Governador Carlos Massa Ratinho Junior em coletiva sobre medidas contra a Covid (Foto: Reprodução )

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Governadores se reuniram nesta segunda-feira (8) com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, para tentar firmar um pacto nacional para combater o pior momento da pandemia de Covid-19 no país. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) não foi ao encontro, mas disse estar comprometido com a frente de governadores que busca soluções conjuntas para a pandemia.

O grupo de governadores, liderado pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), já reuniu 22 dos 27 chefes do poder Executivo na defesa de um pacto que tenha a participação do Congresso e do governo federal para a adoção de políticas conjuntas contra o coronavírus – dentre as quais, medidas restritivas à circulação de pessoas. Mas o presidente Jair Bolsonaro descartou a possibilidade de aderir ao pacto e disse que não vai decretar lockdown no país.

Em nota, o governador do Paraná informou que participa da discussão com demais governadores para alinhar ações integradas com intuito de agilizar a aquisição e distribuição de vacina contra a COVID-19. Segundo o governador, a maior parte das medidas restritivas que os governadores pretendem adotar de forma conjunta já está sendo praticada no Paraná, “como a imposição de limite à circulação e a proibição da venda de bebida alcoólica no período noturno”.

Presente na reunião com Pazuello, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), afirmou que o Ministério da Saúde informou que vai enviar lotes semanais da vacina da Coronavac para os estados a partir desta quarta-feira. Já a Fiocruz informou aos governadores que um novo lote do imunizante da AstraZeneca deve ser enviado aos estados até o dia 24 de março. Segundo a instituição, que produz no Brasil a vacina de Oxford/AstraZeneca, a fabricação em grande escala do imunizante começa a partir desta segunda-feira (8). Pelo menos 3,8 milhões de doses serão entregues até o fim deste mês. Pelo calendário da instituição, 30 milhões de doses serão distribuídas até abril. E até o meio do ano, a Fiocruz espera já ter disponibilizado 100 milhões de doses.

Também nesta segunda-feira (8), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou que os estados formaram um consórcio para a compra conjunta de vacinas, e revelou que a vacina Sputnik V é uma das que estão no alvo dos governadores. Segundo Doria, são cerca de 20 milhões de doses do imunizante russo em negociação pelos governadores.

No mesmo momento em que Pazuello tinha agenda com os governadores, o ministro da economia, Paulo Guedes, anunciava acordo com o laboratório americano Pfizer para a compra de 14 milhões de doses do imunizante, com previsão de distribuição até junho.

Além da compra de vacinas, os governadores buscam criar um protocolo único de medias de estímulo ao distanciamento social. Coma resistência do presidente Jair Bolsonaro em recomendar medidas restritivas, os governadores apostam em uma decisão conjunta para que as medidas sejam igualitárias nos estados, gerando maior adesão, menos contestação por parte da população e contribuindo para a redução da transmissibilidade simultaneamente em todo o país. Entre as medidas cogitadas pelos governadores, além do fechamento eventual do comércio e do toque de recolher noturno está a interrupção das aulas presenciais. O governo do Paraná, no entanto, autorizou a retomada das aulas a partir desta quarta-feira, 10.

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