O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado paranaense Ricardo Barros (PP), voltou ao STF para solicitar a retirada do delegado da Polícia Federal, José Versiani, da investigação sobre compra de medicamentos de alto custo. A defesa de Barros argumentou ao ministro Alexandre de Moraes que o delegado é ligado ao ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), e ao ex-coordenador da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol (Podemos) e, por isso, não teria imparcialidade para tocar a apuração contra o líder do governo.
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Em pedido a Moraes, os advogados de Barros afirmam que o delegado Versiani possui uma “ligação de confiança” com Moro. O delegado foi coordenador-geral de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), orgão subordinado ao Ministério da Justiça, na gestão Moro.
“O fato trazido à baila só reforça a argumentação expendida na exordial, qual seja, a autoridade coatora, com todas as vênias, parece estar inserida em um circuito de laços e relações profissionais que acabam tendo como pano de fundo o fortalecimento do projeto político do ex-juiz, ex-ministro da Justiça, e atual pré-candidato (fato público e notório) à presidência da República, Sérgio Fernando Moro”, diz a defesa.
Defesa acusa delegado de "ativismo político" contra Barros
Os advogados alegam ainda que Moro seria muito próximo a Deltan Dallagnol que, na condição de pré-candidato a deputado federal, tornou-se adversário político de Barros no Paraná. “Com todo respeito, não há como não se levantar a hipótese do que se entende por ‘ativismo político’ na conduta da referida Autoridade Policial, para, no esforço contínuo de manchar a imagem do Líder do Governo Federal, atingir os objetivos dos candidatos de oposição Sergio Moro e Deltan Dallagnol que, como já demonstrado, gozam de grande confiança e prestígio do autor da coação que se reprocha”, aponta o agravo protocolado no STF.
Além da ligação com Moro e Deltan, a defesa de Ricardo Barros relembra o relato do deputado Luís Miranda (União Brasil) que disse, em depoimento à PF, que o delegado José Versiani externou a intenção de prender Ricardo Barros.
A defesa de Barros já havia pedido, sem sucesso, o afastamento do delegado do caso. Agora, em Agravo Regimental, pede que Alexandre de Moraes reconsidere a decisão anterior. Caso contrário, a defesa solicitou que o pedido seja analisado pela Primeira Turma do STF.
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