Ratinho Junior comemorando resultado das eleições de 2018| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo
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A formalização do convite do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para que o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-GO) troque de partido para ser o candidato do PSD à Presidência da República ameaça repercutir na construção de alianças locais visando as eleições de 2022. A grande aliança que está se construindo em torno do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), por exemplo, pode ter alguns obstáculos com a formação dos palanques nacionais. Com um candidato próprio à presidência, fica mais difícil para o PSD atrair, no estado, outros partidos que também tenham presidenciáveis. Para os presidentes estaduais do PP, do DEM e do Cidadania, que já fecharam aliança com Ratinho, no entanto, nada mudou.

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“O Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, já disse que as candidaturas presidenciais não vinculam com as candidaturas ao governo dos estados, então isso não altera a nossa aliança já estabelecida com o governador Ratinho Junior aqui no Paraná, que independe do cenário nacional”, disse a deputada estadual Maria Victória (PP).

“É cedo para pensar nisso, mas, de qualquer maneira, não vejo o DEM com candidato à presidência. E também não acredito na candidatura do Pacheco pelo PSD”, afirmou o presidente estadual do DEM, deputado federal Pedro Lupion, que acredita que ele e Ratinho Junior estarão juntos, no palanque do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no ano que vem. “Antes de fecharmos esse apoio ao Ratinho [Junior], consultei o presidente. Não vejo outro palanque pra ele aqui”, acrescentou.

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O PP é o partido do líder do governo federal na Câmara, Ricardo Barros (pai de Maria Victória). Pedro Lupion é vice-líder de Bolsonaro no Congresso, mas o DEM ainda está dividido entre o apoio à reeleição do presidente e o lançamento de uma candidatura própria, como a do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Ratinho Junior é um dos governadores mais próximos ao presidente Bolsonaro, tendo evitado atritos com o governo federal durante a crise política entre Bolsonaro e grande parte dos governadores, causada pela discussão sobre o enfrentamento da pandemia de Covid-19. A indefinição fica ainda maior porque o próprio presidente já está há quase dois anos sem partido e ainda não definiu por qual sigla disputará a reeleição. Decisão que precisa ser tomada até outubro.

Já para o Cidadania, a possível candidatura de Pacheco seria, até, um incentivo para a aliança no estado. "A possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco é uma boa notícia para o momento. O conheço bem e posso dizer do seu preparo e qualificação", afirmou o presidente estadual do partido, deputado federal Rubens Bueno.

Em processo interno para definição do seu candidato a presidente da República, com a convocação de prévias, o PSDB também não vê conflito entre a eleição nacional e a construção de palanque no Paraná "É natural que todo partido grande tenha possibilidade de candidatura ao executivo federal. O PSDB vai passar por um processo de previas para a escolha do seu candidato nesse ano e mesmo o PSD tendo candidato à presidência da república, isso não atrapalhará qualquer alinhamento aqui no Paraná", disse o presidente estadual do partido, deputado estadual Paulo Litro.

Procurado pela coluna, o secretário-geral do PSD do Paraná e secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, José Carlos Ortega, que é quem tem tratado da política partidária da legenda de Ratinho Junior, afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que a filiação de Rodrigo Pacheco sequer aconteceu e que, por isso, ainda seria muito precipitado analisar qualquer influência deste fato nas articulações locais.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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