Mesmo com a saída dos cinco deputados estaduais do partido, que se filiam, nesta sexta-feira (24), ao PSD, por discordarem da aliança nacional da legenda com o PT, o PSB do Paraná ainda resiste a apoiar Roberto Requião (PT) na eleição para o Governo do Estado, em outubro. A rivalidade histórica entre o ex-governador e o novo presidente estadual da legenda, o deputado federal Luciano Ducci, é um dos principais obstáculos para a aliança. No PDT são as rusgas entre Requião e o deputado federal Gustavo Fruet, vice-presidente e principal nome do partido, que atrapalham a coligação.
Apesar de tudo estar encaminhado para PSB e PT caminharem juntos na eleição presidencial, com Geraldo Alckmin se filiando ao partido para ser o candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Paraná, a aliança pode não se confirmar. A maior resistência era dos deputados estaduais, muitos deles que já haviam trocado o MDB pelo PSB por desavenças com Requião. Mas Alexandre Curi, Artagão Junior, Jonas Guimarães, Luiz Claudio Romanelli e Tiago Amaral assinam, nesta sexta-feira, a ficha de filiação ao PSD do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Mesmo sem a pressão dos deputados estaduais (e sem mais nenhum representante na Assembleia Legislativa) o partido ainda hesita a apoiar Requião e o ponto de resistência, agora, é Ducci, ex-vice-prefeito de Beto Richa (PSDB), que sempre fez política em palanque oposto ao de Requião. A possibilidade de aliança está ficando tão distante que o outro deputado federal do partido, Aliel Machado, muito mais próximo ao projeto nacional do PSB, apoiador da aliança com Lula e com Requião, já estaria de malas prontas para o PV, partido que tende a fechar federação partidária com o PT e que esteve presente no evento de filiação de Requião à legenda aliada. Procurados pela coluna, Ducci e Aliel não quiseram comentar a situação, já o vice-presidente estadual do PV, Raphael Rolim, foi categórico: “O Aliel filia-se na próxima semana”.
No PDT, a aliança estadual com o PT não é tão simples de construir, uma vez que o partido tem Ciro Gomes como pré-candidato à presidência da República, disputando um eleitorado semelhante ao de Lula. O partido, no entanto, não apontou a construção de uma candidatura ao Governo do Estado e, agora, está contra a parede. Dos seus três deputados estaduais, um, Marcio Pacheco, já deixou o partido para filiar-se ao Republicanos, da base do governador Carlos Massa Ratinho Junior; outro, Nelson Luersen, já teria avisado que também deixará a legenda; e o terceiro, Goura, único que vinha seguindo a diretriz do partido de fazer oposição a Ratinho Junior, disputa, agora, uma queda de braço com o deputado federal Gustavo Fruet, para indicar o caminho do partido na eleição estadual. Goura quer o partido com Requião, mantendo a coerência com a oposição feita na Assembleia. Fruet, que também tem histórico de disputas e desavenças com Requião, resiste, cogitando, até, optar por Ratinho Junior.
Se o PDT não optar pela oposição, o caminho de Goura também pode ser o PV, partido cujas bandeiras ambientais se assemelham às causas que tem defendido na Assembleia. Procurados, Goura disse “não ser o momento de falar sobre o PDT”, enquanto Fruet afirmou que “tudo o que se tem até o momento é muita especulação”.
Sobre Goura, o vice-presidente do PV disse que ainda não houve conversa.
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