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Roger Pereira

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A política do Paraná em primeiro plano

Recuo

Oriovisto Guimarães promete projeto para proibir CPIs seis meses antes de eleição

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Oriovisto Guimarães em palestra em evento da ADVB. (Foto: Reprodução)

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O senador paranaense Oriovisto Guimarães (Podemos) anunciou, nesta segunda-feira (11), que vai apresentar projeto de Lei para que fique proibida a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) nos seis meses que antecedem as eleições. Oriovisto, que retirou sua assinatura do pedido de CPI para investigar as irregularidades no Ministério da Educação (MEC), disse que essa seria uma medida para evitar o uso eleitoral do poder de fiscalização do Congresso Nacional. O senador reafirmou que retirou a assinatura da CPI para não dar palanque político ao proponente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que será um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.

“Esse recuo é muito simples. O autor desse requerimento de CPI é o Randolfe, que é simplesmente o coordenador da Campanha do Lula. Não dá. É como se colocasse o coordenador da campanha do Bolsonaro pra comandar uma investigação contra o Lula em pleno período eleitoral”, disse, anunciando sua proposição. “Vou colocar um projeto para que seis meses antes das eleições não se faça mais CPI. E transformar o Senado em palanque eleitoral é a coisa mais antidemocrática que existe”, disse o senador, antes de palestrar no evento "Estrela ADVB/PR - As perspectivas do nosso mercado pelo olhar dos Senadores do Paraná", promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) do Paraná.

Oriovisto afirmou que assinou o requerimento de CPI porque vem apoiando todos os pedidos de investigação e que reconhece haver “coisa grave acontecendo” no MEC. “Tem pastor mandando no MEC e lugar de pastor é na igreja, tem pastor pedindo barra de ouro, pedindo dinheiro e tem cinco prefeitos que já foram lá dizer isso como testemunhas. Tem a licitação superfaturada dos ônibus”. Mas disse que refletiu e decidiu tirar seu nome do requerimento após ver a vitrine que Randolfe estava conseguindo com a comissão. “Eu sempre fui a favor de se combater ao máximo a corrupção, estou na política, fui eleito, por isso. Mas não podemos cair em armadilhas políticas. E quando vi que era o Randolfe que ia tomar conta, retirei minha assinatura, porque não ia ser uma CPI séria, ia ser um palanque montado para o PT”.

O senador ainda classificou de “pouco inteligente” quem está o culpando pelo possível fracasso da CPI, já que sem sua assinatura, o requerimento perdeu os 27 apoios mínimos necessários para a abertura da investigação. “É uma análise pouco inteligente. Temos 81 senadores, para ter CPI, precisa de 27 assinaturas. Mais de 54 não quiseram assinar e o culpado sou eu?”, concluiu.

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